Está confirmado. No primeiro trimestre deste ano a Toyota tomou o lugar da General Motors, como líder mundial da indústria automóvel.
Tirando duas situações de contexto excepcional, devidas a greves, e em que por poucas semanas a Ford foi brevemente número um, a GM ocupava esse lugar desde 1931, portanto há mais de 70 anos. Não se prevê que o recupere, bem pelo contrário: a Toyota está com tendência para subir e a ganhar dinheiro e a GM para descer e a perder.
Como engenheiro (perdão: licenciado em engenharia pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com as cadeiras todas, é certo, mas sem a inscrição na respectiva Ordem) só posso aplaudir esta vitória daquilo que considero ser a “razão”. A Toyota teve uma visão de longo prazo, centrada na qualidade dos produtos e na excelência da organização. A Toyota não ganhou porque se baseou em criatividade financeira e em sofisticadas estratégias de marketing ou outras coisas necessárias mas acessórias. A Toyota ganhou porque nunca se esqueceu do essencial: fazer bem carros bons. Claro que esta de fazer “bem” e saber o que é “bom” pode não ser tão óbvio como parece.
Ao invés, a GM foi pilotada por uma gestão de topo fortemente "economicista", com visões de curto prazo, procurando sempre a forma mais expedita de espremer tudo à sua volta e recorrendo a “golpes de génios” que muitas vezes não passavam de “chicos espertos” de discernimento duvidoso. Ganhavam muito dinheiro com carros grandes e tinham dificuldade em competir com os japoneses nos pequenos? “Ok, concentremo-nos nos grandes que são uma “mina” e deixemos os pequenos, banais, os ossos, para eles”. Quando “eles” começaram a fazer carros grandes também e o petróleo disparou... deu o resultado a que assistimos hoje.
Esta vitória da Toyota é uma vitória da humildade e persistência da engenharia sobre a volatilidade arrogante da "financite". Parabéns à Toyota!
Foto extraída do site da Toyota do Prius, o primeiro carro híbrido a sério de grande difusão, símbolo do pioneirismo tecnológico e da racionalidade da marca. Quando trava, recupera a energia para as baterias, em vez de aquecer o ar através dos calços dos travões.
Tirando duas situações de contexto excepcional, devidas a greves, e em que por poucas semanas a Ford foi brevemente número um, a GM ocupava esse lugar desde 1931, portanto há mais de 70 anos. Não se prevê que o recupere, bem pelo contrário: a Toyota está com tendência para subir e a ganhar dinheiro e a GM para descer e a perder.
Como engenheiro (perdão: licenciado em engenharia pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com as cadeiras todas, é certo, mas sem a inscrição na respectiva Ordem) só posso aplaudir esta vitória daquilo que considero ser a “razão”. A Toyota teve uma visão de longo prazo, centrada na qualidade dos produtos e na excelência da organização. A Toyota não ganhou porque se baseou em criatividade financeira e em sofisticadas estratégias de marketing ou outras coisas necessárias mas acessórias. A Toyota ganhou porque nunca se esqueceu do essencial: fazer bem carros bons. Claro que esta de fazer “bem” e saber o que é “bom” pode não ser tão óbvio como parece.
Ao invés, a GM foi pilotada por uma gestão de topo fortemente "economicista", com visões de curto prazo, procurando sempre a forma mais expedita de espremer tudo à sua volta e recorrendo a “golpes de génios” que muitas vezes não passavam de “chicos espertos” de discernimento duvidoso. Ganhavam muito dinheiro com carros grandes e tinham dificuldade em competir com os japoneses nos pequenos? “Ok, concentremo-nos nos grandes que são uma “mina” e deixemos os pequenos, banais, os ossos, para eles”. Quando “eles” começaram a fazer carros grandes também e o petróleo disparou... deu o resultado a que assistimos hoje.
Esta vitória da Toyota é uma vitória da humildade e persistência da engenharia sobre a volatilidade arrogante da "financite". Parabéns à Toyota!
Foto extraída do site da Toyota do Prius, o primeiro carro híbrido a sério de grande difusão, símbolo do pioneirismo tecnológico e da racionalidade da marca. Quando trava, recupera a energia para as baterias, em vez de aquecer o ar através dos calços dos travões.
3 comentários:
Eu gostava de um destes, mas é caro e parece que há um problema de espaço na mala, ocupado com as tais baterias...
Parabéns pelo comentário, penso que a sua visão do acontecimento é muito acertiva.
Quanto ao comentário da Srª Maria, vejo que não tem um conhecimento real do Prius, pois tendo em conta a tecnologia do automóvel o preço é bastante aceitável. Em relação à mala também está enganada, pois ela tem dimensões muito boas.
A minha opinião nunca será totalmente isenta, porque sou Chefe de Vendas da Salvador Caetano em Leiria.
Parabéns a ambos e felecidades
alvescaldas.blogspot.com
Pedro Alves
Srª Maria...!!! Valha-me Deus! :-)
Ó Sr. Alves, cada um sabe da sua carteira e da sua bagagem...
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