14 junho 2006

A noite, quando cai, não é para tudo e todos

Era mesma noite e, à minha frente, apenas o luar produzia uns reflexos prateados no estuário do rio. Umas dezenas de metros atrás estavam alguns candeeiros de iluminação da via pública mas cuja luz, segundo a minha retina, não alcançava a área onde eu estava. Ao fundo, à esquerda e bastante afastada, a marginal iluminada. Tudo o resto era sem cor.

A pré-visualização não saía do negro completo. Para enquadrar, limitei-me a ajustar a horizontalidade pelo nível de bolha de ar, tenuamente iluminado pelas legendas do visor. Regulei a exposição para uma abertura máxima e, mesmo assim, a pedir exposições da ordem das dezenas de segundos. Disparei para o estuário esperançado em apanhar algo a preto e prata. Quando a máquina me revelou os contornos e a COR do céu, das nuvens, do mar, da areia, das rochas e do muro, além da definição clara da linha do horizonte e até, nalguns casos o branco da rebentação, fitei-a desconfiado. Vermo-nos superados por uma máquina e especialmente na visão é perturbador!

Dizia o texto de promoção que “Com a R1, o que vê é o que realmente obtém”. Mas não é! É mentira!! Ela vê coisas que eu não vejo!

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