01 novembro 2005

Na ponte levadiça



Não me apertem, não me cerquem, deixem-me ao menos a ilusão por onde eu seja marginal. Em que grite, quando não deva, uma gargalhada inconveniente. Em que imagine algo insensato, intensamente a parecer real

E sobretudo com a convicção de que jamais ninguém imaginará que tal me possa acontecer, por um esgar nas vossas costas.

Deixem-me ser louco aos bocadinhos porque por inteiro é um problema.
A sanidade absoluta ninguém aguenta e procurá-la já é perigoso

Não me cerquem, não me esqueço, quão brutal é a beleza.

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