Senhor, livrai-nos do mal. Dizem os crentes que inventaram algo que nos possa livrar de nós.
Senhora, perdoai-me de mim. Do teu ventre inacabado em que claro me impeças de renascer.
Senhor, de ti nada espero. Em ti recuso entregar a outra vida que depois de criança deveria empenhar.
Senhora, o teu sorriso meu suplício, o teu corpo refeita forma, o teu partir pelo meu estar, relicário de enganos, de todos os sonhos recomeçar.
Por mim, menino bolorento. Reincarno a criança que não fui, a loucura que vem atrás.
Senhor, seja em quente, seja em frio, por acção ou por omissão, ela é senhora do meu fim.
1 comentário:
Maria
(soa um pouco estranho chamar-te Maria...!)
Gostei do comentário. Acho que apanhaste bem o tema...
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