01 julho 2016

Ainda bem, Europa

Há exatamente 100 anos, a 1 de julho de 1916, começava a batalha do Somme, um rio que atravessa o Norte de França, cerca de 150 km a norte de Paris. Foi uma das linhas da frente da famosa guerra de trincheiras.

O envolvimento francês em Verdun, no leste, e os seus 163 mil mortos aí deixados, fez com que fossem as tropas britânicas as preponderantes nesta frente. Também por isso esta batalha é mais recordada do outro lado da Mancha.

Logo no primeiro dia morreram 19 mil britânicos. Durante 4 meses e meio, ao longo de cerca de 40 km, irão morrer 206 mil ingleses, 67 mil franceses e 170 mil alemães. Acrescentando os feridos, o número supera um milhão.

Hoje vivemos as ondas de choque do “Brexit” e quando assistimos a uma infindável, intragável e vergonhosa exploração politica e politiqueira do acontecimento, apetece dizer ainda bem. Ainda bem que a Europa de hoje não cava trincheiras. Por execrável e detestável que seja o discurso político ainda bem que vivemos numa Europa que não discute ao som das botas militares. E acredito ser irreversível.

A foto é da belíssima catedral de Amiens, cidade principal da região. Para me recordar de quando por lá passei e da quantidade de cemitérios militares que vemos sinalizados ao longo da estrada.

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