29 maio 2016

Por aqui, por favor…


Se as contas não me falham terão sido nove as vezes em que ouvimos uma instrução destas, para mudarmos de local, à frente, atrás ou no meio dos atores que iam percorrendo vários locais no interior e no exterior do Museu Nacional da Imprensa no Porto.

Apesar de uma quebra aqui e acolá de ritmo e de uma pequena falta de “afinação” aqui e acolá no elenco, apesar de a inspiração no romance “O Idiota” de Dostoivesky ser algo longínqua e não me trazer muito ao espírito o espírito do enorme escritor russo, apesar disto, foram duas horas e meia de uma experiência excelente e diferente.


A proximidade dos atores, o estar dentro do cenário cria uma atmosfera que muito pouco tem a ver com a tradicional da plateia de um lado e o palco elevado do outro. Mesmo quando nesse contexto clássico os atores atravessam pontualmente a plateia, não deixa de ser apenas uma espécie de invasão, uma breve incursão no espaço do público, mantendo-se os dois espaços dissociados.

Ali não era assim. O espaço, por vezes íntimo, por vezes desconfortável, era mesmo único e partilhado. Eu gostei bastante e recomendo vivamente!

PS: Continua em cena até 5/6.

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