02 março 2016

Obama e Guantánamo


A poucos meses do término do seu segundo mandato, Obama voltou a falar do encerramento da famosa prisão. A associação destas duas palavras, ou a falta dela, durante 8 longos anos, é um indicador muito significativo sobre a isenção da informação que nos chega.

Não pretendo atacar especialmente Obama. De uma forma geral os seus mandatos foram incomparavelmente melhores do que os do seu antecessor e vejo com alguma preocupação as sondagens atuais e as perspetivas futuras.

A minha questão é: tentem fazer um esforço de pesquisa e vão ler o que diziam tantas vozes destacadas deste mundo sobre Guantánamo e George W. Bush há 9-10 anos atrás. “Vergonha” seria a palavra mais macia…

Ora bem, o, por acaso, também Nobel da Paz está a terminar o segundo mandato sem ter efetivamente conseguido acabar com aquilo. Porque estão calados aqueles que, pelo mesmo motivo, apedrejavam Bush sem descanso? Não faltará um pouco de coerência?

Se nas próximas eleições for eleito um republicano (rezando a todos os santinhos para não ser D. Trump), iremos voltar a ouvir falar duma “vergonha mundial inaceitável”?

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