08 agosto 2015

Discriminação gay (positiva?)




Hoje é praticamente consensual que a orientação sexual de cada um é um assunto de foro íntimo ou público, conforme o próprio pretender e não deve ser objeto de nenhum tipo de discriminação. Se o simples facto de ser G, ou L ou B ou T, não deve ser nem estigma nem desvantagem para ninguém do ponto de vista social ou profissional, tão pouco me parece que deva ser uma vantagem.

Quanto Tim Cook, CEO da Apple, assumiu publicamente a sua homossexualidade, achou por bem acrescentar isso ser um dos maiores dons que Deus lhe deu… Imaginem um/a hétero/a a dizer algo correspondente!

Agora, António Simões foi promovido no HSBC e achou por bem realçar a vantagem da sua homossexualidade: “se não fosse gay, provavelmente não teria chegado a CEO do banco”. É uma afirmação que remete para as especulações sobre o famoso, e supostamente poderoso, lóbi LGBT, mas disso não falo, dado que nada sei de concreto.

O que me parece por demais evidente é ser, no mínimo, muito infeliz e despropositado assumir esta ligação direta entre a orientação sexual e a as capacidades profissionais. Não vejo nenhuma razão, nenhuma, para que homem, mulher, LGBT, ou o que quer que se invente mais, tenham aptidões profissionais especiais, derivadas apenas dessa orientação.


Foto retirado do site do Público - a romper ou a criar.. ?

2 comentários:

Anónimo disse...

Se um "Etero" fizesse uma afirmação dessas, caía o "Carmo e a Trindade"...
Ou o "prédio do Coutinho", se localizar-mos a questão!

Carlos Sampaio disse...

Ou isso... ! :)