Anunciada em simultâneo com a atribuição do de 2018 à Rússia, para todos ficarem contentes, a escolha do Qatar para o mundial de Futebol de 2022 começou logo por ser atípica. A seguir, por acaso, descobriu-se que jogos no deserto em pleno verão não devem ser muito confortáveis. Para o anfitrião, este evento é uma oportunidade para ganhar (ainda) mais visibilidade internacional e infra-estruturar o país com visto a torna-lo um destino turístico importante e viabilizar o pós petróleo/gaz.
Mas, como aquela que veste um vestido caríssimo e sofisticado e depois arruína o conjunto com um acessório foleiro, o brilho começou a desbotar com a revelação das condições inumanas e quase esclavagistas dos trabalhadores utilizados na construção. Por um lado até pode ser bom, a visibilidade pode forçar alguma evolução.
O desconforto foi aumentando e até o inefável Sr Blatter da FIFA já assume esta escolha ter sido um erro. O nosso caro M Plattini da Uefa continua a achar bem. Assume ter votado no Qatar por “ O Golfo ser um belo local para organizar o campeonato e isso valorizará o desenvolvimento do futebol”. Gostava de ter a oportunidade de lhe poder pedir para desenvolver e concretizar um pouco mais as suas razões. Assegura que nada teve a ver com um jantar para o qual foi convidado pelo Presidente francês da altura e onde, por mero acaso, também estariam presentes uns altos dignatários qataris que muitos negócios cozinhavam ali. No contexto, e como exemplo, quem a seguir comprou e investiu fortemente no clube da capital francesa? O Qatar.
Recentemente há um novo desenvolvimento. Os ingleses, talvez stressados por não terem a certeza se poderão ter lá cerveja ou apenas Coca-Cola, atacam. O jornal “Sunday Times” publica uma série de provas de que a escolha do Qatar foi escandalosamente comprada e, sendo assim, deverá ser anulada. Provavelmente todos estes processos têm sempre associados algumas simpatias e prendinhas, mas parece que desta vez foi forte e feio. Se a anulação se concretizar será um enorme revés para o Qatar e para a sua estratégia.
No entanto, quanto ao potencial atractivo turístico, eu não tenha a mínima dúvida em preferir o vizinho do outro lado do Golfo, a Pérsia (Irão). Mesmo sem hotéis 10 estrelas e infra-estruturas faraminosas, será sempre mais interessante, simplesmente pela sua cultura, que, no fim, é sempre o fundamental. E não se compra cash. Cria-se com tempo e outros ingredientes, inteligentes.
Mas, como aquela que veste um vestido caríssimo e sofisticado e depois arruína o conjunto com um acessório foleiro, o brilho começou a desbotar com a revelação das condições inumanas e quase esclavagistas dos trabalhadores utilizados na construção. Por um lado até pode ser bom, a visibilidade pode forçar alguma evolução.
O desconforto foi aumentando e até o inefável Sr Blatter da FIFA já assume esta escolha ter sido um erro. O nosso caro M Plattini da Uefa continua a achar bem. Assume ter votado no Qatar por “ O Golfo ser um belo local para organizar o campeonato e isso valorizará o desenvolvimento do futebol”. Gostava de ter a oportunidade de lhe poder pedir para desenvolver e concretizar um pouco mais as suas razões. Assegura que nada teve a ver com um jantar para o qual foi convidado pelo Presidente francês da altura e onde, por mero acaso, também estariam presentes uns altos dignatários qataris que muitos negócios cozinhavam ali. No contexto, e como exemplo, quem a seguir comprou e investiu fortemente no clube da capital francesa? O Qatar.
Recentemente há um novo desenvolvimento. Os ingleses, talvez stressados por não terem a certeza se poderão ter lá cerveja ou apenas Coca-Cola, atacam. O jornal “Sunday Times” publica uma série de provas de que a escolha do Qatar foi escandalosamente comprada e, sendo assim, deverá ser anulada. Provavelmente todos estes processos têm sempre associados algumas simpatias e prendinhas, mas parece que desta vez foi forte e feio. Se a anulação se concretizar será um enorme revés para o Qatar e para a sua estratégia.
No entanto, quanto ao potencial atractivo turístico, eu não tenha a mínima dúvida em preferir o vizinho do outro lado do Golfo, a Pérsia (Irão). Mesmo sem hotéis 10 estrelas e infra-estruturas faraminosas, será sempre mais interessante, simplesmente pela sua cultura, que, no fim, é sempre o fundamental. E não se compra cash. Cria-se com tempo e outros ingredientes, inteligentes.
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