Por mero acaso, espreitei a televisão durante a “meia-final” do Festival da Eurovisão. Corria o convite ao voto com a passagem dos números de telefone e votar custava um tanto por chamada, mais IVA. Muito democrático, sem dúvida. Um pouco a propósito, a democracia chegou-nos há 40 anos e teve como senha de partida uma canção da Eurovisão, o fantástico “E Depois do Adeus”. Foi no tempo da ditadura. No da democracia, em que todos podem votar por “X + IVA”, ficamos com o “Eu quero ser tua”.
Vamos dizer “Ó tempo volta para trás”? Evidentemente que não, mas se uma coisa esta evolução do Festival de Canção prova é que o sucesso da democracia não reside simplesmente na formalidade de todos poderem votar (com ou sem preço) e pronto.
Para lá deste uso e abuso da democracia mealheiro, a televisão genérica é, no mínimo, pouco formativa. Se é verdade que agora não faltam outros canais e outros meios para formação e entretenimento construtivo, a televisão é e continuará a ser um veículo privilegiado de desenvolvimento cultural e social. Quem teve o privilégio de lá ver passar os “monstros” enormes de comunicação e de cultura que instruíam e cativavam o país inteiro, não os esquece certamente. Agora escolha lá: J. Hermano Saraiva ou J. Luís Goucha; Ary dos Santos ou Suzy “Emanuel”; João Villaret ou Teresa Guilherme – são só 60 cêntimos mais IVA.
Vamos dizer “Ó tempo volta para trás”? Evidentemente que não, mas se uma coisa esta evolução do Festival de Canção prova é que o sucesso da democracia não reside simplesmente na formalidade de todos poderem votar (com ou sem preço) e pronto.
Para lá deste uso e abuso da democracia mealheiro, a televisão genérica é, no mínimo, pouco formativa. Se é verdade que agora não faltam outros canais e outros meios para formação e entretenimento construtivo, a televisão é e continuará a ser um veículo privilegiado de desenvolvimento cultural e social. Quem teve o privilégio de lá ver passar os “monstros” enormes de comunicação e de cultura que instruíam e cativavam o país inteiro, não os esquece certamente. Agora escolha lá: J. Hermano Saraiva ou J. Luís Goucha; Ary dos Santos ou Suzy “Emanuel”; João Villaret ou Teresa Guilherme – são só 60 cêntimos mais IVA.
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