O resultado das últimas eleições mostrou mais um passo claro para o fim do rotativismo democrático e uma correspondente grande incerteza e preocupação quanto à fase seguinte. Antes era: estavam os azuis no poder e o eleitorado castiga-os votando nos vermelhos; a seguir os papéis invertiam-se. O que se vê cada vez mais, para lá do aumento da abstenção, é o eleitorado saturado e descrente com estes círculos fechados de poder. Curiosamente em França, que vai de choque em choque com o crescimento da Frente Nacional, e até já estará em pânico a pensar nas próximas presidenciais, logo no dia seguinte ao das eleições, rebenta um escândalo com os dinheiros da última campanha de N. Sarkosy. E bem podem continuar chocados com o crescimento da extrema-direita…
Em Portugal, se alguém cresceu, não foram xenófobos, melhor ou pior disfarçados, como em França e na Bélgica, não formam radicais de esquerda como na Grécia, nem um palhaço como há pouco tempo ocorreu em Itália. Foi o Partido da Terra e não foi pelo seu programa. Foi simplesmente por ter recorrido a alguém que não foi jotinha, que fez carreira profissional fora da política e que, bem ou mal, não hesita em dizer frontalmente o que pensa. Não sabemos qual o resultado prático, mas, deriva por deriva, esta é muito mais saudável e civilizada do que a maior parte das outras que vimos acontecer pela Europa fora.
Os partidos tradicionais do poder em vez de chorarem o leite derramado e evidenciarem as fraquezas ideológicas ou estruturais destas alternativas, fariam melhor em entenderem e responderem às expectativas do eleitorado que, no fundo, nem são muito complicadas. É apenas questão de envolveram pessoas competentes, com coluna vertebral e terem contas limpas. Não multiplicarão a votação por 10 como o MPT, mas entrarão no bom caminho. Um regime em que esses partidos se esvaziam pode ser um cenário catastrófico… e a culpa não é das alternativas.
Em Portugal, se alguém cresceu, não foram xenófobos, melhor ou pior disfarçados, como em França e na Bélgica, não formam radicais de esquerda como na Grécia, nem um palhaço como há pouco tempo ocorreu em Itália. Foi o Partido da Terra e não foi pelo seu programa. Foi simplesmente por ter recorrido a alguém que não foi jotinha, que fez carreira profissional fora da política e que, bem ou mal, não hesita em dizer frontalmente o que pensa. Não sabemos qual o resultado prático, mas, deriva por deriva, esta é muito mais saudável e civilizada do que a maior parte das outras que vimos acontecer pela Europa fora.
Os partidos tradicionais do poder em vez de chorarem o leite derramado e evidenciarem as fraquezas ideológicas ou estruturais destas alternativas, fariam melhor em entenderem e responderem às expectativas do eleitorado que, no fundo, nem são muito complicadas. É apenas questão de envolveram pessoas competentes, com coluna vertebral e terem contas limpas. Não multiplicarão a votação por 10 como o MPT, mas entrarão no bom caminho. Um regime em que esses partidos se esvaziam pode ser um cenário catastrófico… e a culpa não é das alternativas.
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