O resultado das eleições autárquicas em França e o crescimento espectacular da extrema-direita assusta muita gente. Não tenho nenhuma simpatia pelas ideias da FN (Frente Nacional) mas não podemos deixar de respeitar a opção democrática do eleitorado. De recordar que já nas presidenciais de 2002 Jean Marie le Pen chegou a disputar a segunda volta, para grande surpresa e escândalo. E se é certo que a FN de hoje é diferente da de há 12 anos, o problema de fundo é igual, ou pior.
O simplesmente lamentar este resultado, com cara de enjoo, recordando que os “valores” do FN não se identificam com os da democracia, deixa algo por dizer. É que os “valores” dos partidos tradicionais “valem” apenas na teoria. Na prática os negócios e negociatas e a falta de ética dos seus políticos estão muito longe do que seria expectável e minimamente aceitável.
Quando no final da década de 90 a extrema-direita racista e xenófoba crescia na Bélgica, os partidos “sérios”, para a impediram de aceder ao poder, criaram uma grande coligação a que chamaram “cordão sanitário” e o mesmo deverá ser tentado agora na segunda volta destas eleições m França. O problema é que isso vale pouco se não estiver limpo o interior do dito cordão.
Tenho sérias dúvidas se, a prazo e após a experiência do poder, a prática da FN será diferente da dos outros, mas este fenómeno do eleitorado recusar os partidos tradicionais e embarcar em experiências mais ou menos radicais, como a do palhaço italiano, é um caminho muito perigoso e com uma ressaca imprevisível.
O simplesmente lamentar este resultado, com cara de enjoo, recordando que os “valores” do FN não se identificam com os da democracia, deixa algo por dizer. É que os “valores” dos partidos tradicionais “valem” apenas na teoria. Na prática os negócios e negociatas e a falta de ética dos seus políticos estão muito longe do que seria expectável e minimamente aceitável.
Quando no final da década de 90 a extrema-direita racista e xenófoba crescia na Bélgica, os partidos “sérios”, para a impediram de aceder ao poder, criaram uma grande coligação a que chamaram “cordão sanitário” e o mesmo deverá ser tentado agora na segunda volta destas eleições m França. O problema é que isso vale pouco se não estiver limpo o interior do dito cordão.
Tenho sérias dúvidas se, a prazo e após a experiência do poder, a prática da FN será diferente da dos outros, mas este fenómeno do eleitorado recusar os partidos tradicionais e embarcar em experiências mais ou menos radicais, como a do palhaço italiano, é um caminho muito perigoso e com uma ressaca imprevisível.
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