O Presidente dos EUA decidiu intervir militarmente na Síria, na sequência da constatação da utilização de armas químicas pelo regime. Se não há dúvidas sobre terem sido realmente usadas, a respectiva responsabilidade pode não ser tão clara e não são certamente as certezas oficiais dos funcionários de Obama que me convencem. Por trás dos rebeldes está, entre outros, o Al-Qaeda. Imaginar que eles próprios possam ter recorrido a essas armas contras os “seus”, para obterem o efeito que se perspectiva não é nada de improvável, atendendo ao histórico e aos valores de tal organização.
Agora, se até for verdade que a responsabilidade foi do regime, qual a base legal para a tal intervenção? Não pode ser obviamente uma decisão do presidente dos EUA, eventualmente validada pelas suas câmaras de representantes. E não pode ser porque isso dará argumentos a qualquer país para intervir em qualquer sítio, bastando-lhe uma decisão interna. É certo que os EUA não são um país qualquer, mas isso só lhes traz responsabilidades acrescidas. Se a Síria ultrapassou uma linha vermelha em direito internacional, a resposta teria que vir por direito internacional e não por iniciativa de um justiceiro solitário…
Finalmente há a questão de para que serve e o que mudará com essa intervenção. Enviam-se uns mísseis, fazem-se uns estragos, assusta-se os maus da fita e depois…? Radicalizam-se os ódios ao Ocidente, eventualmente cai um regime para um novo Iraque ou uma nova Líbia… consegue-se imaginar um balanço final positivo?
Agora, se até for verdade que a responsabilidade foi do regime, qual a base legal para a tal intervenção? Não pode ser obviamente uma decisão do presidente dos EUA, eventualmente validada pelas suas câmaras de representantes. E não pode ser porque isso dará argumentos a qualquer país para intervir em qualquer sítio, bastando-lhe uma decisão interna. É certo que os EUA não são um país qualquer, mas isso só lhes traz responsabilidades acrescidas. Se a Síria ultrapassou uma linha vermelha em direito internacional, a resposta teria que vir por direito internacional e não por iniciativa de um justiceiro solitário…
Finalmente há a questão de para que serve e o que mudará com essa intervenção. Enviam-se uns mísseis, fazem-se uns estragos, assusta-se os maus da fita e depois…? Radicalizam-se os ódios ao Ocidente, eventualmente cai um regime para um novo Iraque ou uma nova Líbia… consegue-se imaginar um balanço final positivo?
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