(Começou em)
Eu, disse ele, imagino porque acredito, Passivamente, é certo. Seria mais eficaz planear e realizar algo activamente, mesmo algo simples, do que tudo imaginar. Mas não chega. Porque sei que tudo o que quero não se planeia. Imaginando o simples e o audaz, ambos ficam em pé de igualdade. E não é aliciante ver o audaz e o simples ao mesmo nível?
O resto da assembleia não comentou, nem respondeu. Talvez não alcançasse bem o fundo. Uns olhares apreensivos até imploravam alguma distância de manias tão embrulhadas.
Encerraram a sessão. Ele imaginava que teria a audácia de a convidar para jantar, que teriam um jantar em que estariam aconchegados, interligados amenamente e isolados do resto. Que ela se despejaria para dentro dele, que ele a provaria e gostaria. Que no fim não fosse precisa imaginar a audácia, aconteceria simplesmente. Arrastou o passo, atrasando-se e imaginando que o carro dela poderia avariar e ele singelamente ajudar.
Ela saiu com a mão trémula, como ficava todas as vezes em que não tinha à sua frente um substrato para riscar. Passava-lhe intermitentemente à sua frente a imagem do sorriso que a tinha sossegado. Será que ele estaria nesse momento a imaginar ser audaz.. com ela? Provavelmente. E o que significaria nesse contexto, para o coitado, ser audaz? Deu por ela a imaginar todas as formas possíveis de audácia e dessa vez foi o seu próprio sorriso que fez parar a tremura da mão. Assustou-se. Imaginar que alguém se interessaria por ela fazia bem ao ego, certamente, mas ela gostar dela como era naquele momento por esse pouco, tão pouco, era tão pouco que não evitou o esgar.
Nem ele foi audaz nem o carro dela avariou. Imaginou que poderia encontrar o carro da Joana avariado no caminho. Seria um bom motivo para conseguir proximidade com ela e, quem sabe, até poderia convidá-la para jantar. Um jantar daqueles que corre bem, em que os espíritos se soltam, divagam e se entrelaçam brincando um com o outro. A Joana tinha um excelente espírito vivo e brincalhão. Ficou curioso tentando imaginar o espírito da mulher do traço.
Nesse dia ela não quis jantar. Desembrulhou um largo papel que pendurou na parede e, imaginando o João, atacou com força um desenho mais figurativo do que o seu habitual. No fim olhou a imagem turva e não lhe pareceu bem o João, pareceu-lhe mais algo que ela buscaria ou alguém que a estaria imaginando a ela.
O resto da assembleia não comentou, nem respondeu. Talvez não alcançasse bem o fundo. Uns olhares apreensivos até imploravam alguma distância de manias tão embrulhadas.
Encerraram a sessão. Ele imaginava que teria a audácia de a convidar para jantar, que teriam um jantar em que estariam aconchegados, interligados amenamente e isolados do resto. Que ela se despejaria para dentro dele, que ele a provaria e gostaria. Que no fim não fosse precisa imaginar a audácia, aconteceria simplesmente. Arrastou o passo, atrasando-se e imaginando que o carro dela poderia avariar e ele singelamente ajudar.
Ela saiu com a mão trémula, como ficava todas as vezes em que não tinha à sua frente um substrato para riscar. Passava-lhe intermitentemente à sua frente a imagem do sorriso que a tinha sossegado. Será que ele estaria nesse momento a imaginar ser audaz.. com ela? Provavelmente. E o que significaria nesse contexto, para o coitado, ser audaz? Deu por ela a imaginar todas as formas possíveis de audácia e dessa vez foi o seu próprio sorriso que fez parar a tremura da mão. Assustou-se. Imaginar que alguém se interessaria por ela fazia bem ao ego, certamente, mas ela gostar dela como era naquele momento por esse pouco, tão pouco, era tão pouco que não evitou o esgar.
Nem ele foi audaz nem o carro dela avariou. Imaginou que poderia encontrar o carro da Joana avariado no caminho. Seria um bom motivo para conseguir proximidade com ela e, quem sabe, até poderia convidá-la para jantar. Um jantar daqueles que corre bem, em que os espíritos se soltam, divagam e se entrelaçam brincando um com o outro. A Joana tinha um excelente espírito vivo e brincalhão. Ficou curioso tentando imaginar o espírito da mulher do traço.
Nesse dia ela não quis jantar. Desembrulhou um largo papel que pendurou na parede e, imaginando o João, atacou com força um desenho mais figurativo do que o seu habitual. No fim olhou a imagem turva e não lhe pareceu bem o João, pareceu-lhe mais algo que ela buscaria ou alguém que a estaria imaginando a ela.
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