(Começou em)
Bem-vindos! Bem-vindos a este círculo dos compulsivos. Todos temos pulsões e compulsões, apenas a sua natureza e ponderação muda. Se as misturarmos e distribuímos na boa medida, seremos todos normais.
- Eu, eu não consigo deixar de me apaixonar pela protagonista dos filmes que vejo, independentemente do seu perfil físico e psicológico. Normalmente é bom porque a maior parte das vezes, é uma rapariga simpática, bem parecida e boa pessoa, que a minha mãe não se importaria de ter como nora. Mas, há casos dramáticos. Quando me apaixono por uma de mau carácter sinto-me mal comigo mesmo, quando é idosa assusto-me, quando é lésbica sinto-me culpado e quando há duas em pé de igualdade sinto-me depravado. E só perco a paixão com novo filme. Por isso, às vezes tenho que entrar rapidamente noutra sala para a sessão seguinte e outras vezes não me apetece ver um novo filme durante meses.
E terminou com um sorriso angelical de quem não se sentava num sala de cinema há bastante tempo. Por um momento ninguém comentou. Ele apenas disse: por vezes é bom imaginar coisas, não? O apaixonado na tela não respondeu, estava exausto para o dia.
- Eu, não consigo ter o meu telemóvel a mais de 30 cm de mim. Durmo com ele sob a almofada. Não posso ter um toque não detectado ou uma mensagem escrita não lida mais do que um minuto. Fico em pânico se o telemóvel perder a bateria. No início tinha uma bateria de reserva, depois passei a ter também um telemóvel de reserva e poder trocar o cartão em caso de avaria. Agora tenho um segundo cartão preparado para substituir o anterior caso avarie, o perca ou seja roubado. Tenho ainda um terceiro telemóvel para poder contactar a operadora e pedir a transferência do número principal para o cartão de reserva em caso de necessidade.
Olharam todos com apreensão, cada qual para o seu telemóvel, para verificar quantos tracinhos de bateria restavam e procurando avaliar pelo aspecto e robustez do aparelho o tempo de vida que lhe sobraria....
- Eu, eu não consigo deixar de me apaixonar pela protagonista dos filmes que vejo, independentemente do seu perfil físico e psicológico. Normalmente é bom porque a maior parte das vezes, é uma rapariga simpática, bem parecida e boa pessoa, que a minha mãe não se importaria de ter como nora. Mas, há casos dramáticos. Quando me apaixono por uma de mau carácter sinto-me mal comigo mesmo, quando é idosa assusto-me, quando é lésbica sinto-me culpado e quando há duas em pé de igualdade sinto-me depravado. E só perco a paixão com novo filme. Por isso, às vezes tenho que entrar rapidamente noutra sala para a sessão seguinte e outras vezes não me apetece ver um novo filme durante meses.
E terminou com um sorriso angelical de quem não se sentava num sala de cinema há bastante tempo. Por um momento ninguém comentou. Ele apenas disse: por vezes é bom imaginar coisas, não? O apaixonado na tela não respondeu, estava exausto para o dia.
- Eu, não consigo ter o meu telemóvel a mais de 30 cm de mim. Durmo com ele sob a almofada. Não posso ter um toque não detectado ou uma mensagem escrita não lida mais do que um minuto. Fico em pânico se o telemóvel perder a bateria. No início tinha uma bateria de reserva, depois passei a ter também um telemóvel de reserva e poder trocar o cartão em caso de avaria. Agora tenho um segundo cartão preparado para substituir o anterior caso avarie, o perca ou seja roubado. Tenho ainda um terceiro telemóvel para poder contactar a operadora e pedir a transferência do número principal para o cartão de reserva em caso de necessidade.
Olharam todos com apreensão, cada qual para o seu telemóvel, para verificar quantos tracinhos de bateria restavam e procurando avaliar pelo aspecto e robustez do aparelho o tempo de vida que lhe sobraria....
Continua para
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