07 novembro 2007

Acidentes acontecem

Pode-se discutir como minimizar o número de acidentes pela melhoria das infra-estruturas, pelo aumento do policiamento e repressão, pela evolução das atitudes e mentalidades e tudo o mais, mas eles nunca deixarão de ocorrer. O problema é que quando acontece um acidente sério com um autocarro as consequências são quase sempre trágicas. E talvez só não ocorram mais pela prudência que, de uma forma geral, os profissionais que os conduzem manifestam.

Porque é que os acidentes de autocarro se tornam tão facilmente em tragédias? Pensemos na evolução na segurança passiva e activa nos automóveis ligeiros nos últimos anos, nas almofadas de ar, nas deformações estudadas das estruturas e tudo o que foi feito para proteger os ocupantes, traduzido nas famosas estrelas NCAP que ser tornaram um argumento comercial fundamental. Que se passa com os autocarros? Alguns terão cintos de segurança, mas até que ponto os assentos se mantêm solidários com a estrutura em caso de acidente? A carroçaria em volta dos passageiros é assustadoramente ligeira e frágil. Comparado com os ligeiros, a diferença é abismal e, no entanto, partilham a mesma estrada e os mesmos riscos.

Pelas dimensões e vocação será difícil aos autocarros atingirem um nível de segurança passiva idêntico ao dos ligeiros, ou não. Enquanto for uma questão fora da agenda pública nunca o saberemos. Questão de custo?

1 comentário:

Maria Manuel disse...

Se visses os autocarros e a falta de condições de muitos dos nossos transportes escolares, pensarias,... talvez, que te encontravas na Argélia! Não sei como se livram de fiscalizações e de sanções!