25 março 2007

O macaco nu e os macacões

Escrevia Desmond Morris, nos anos 60, no seu interessante livro “O macaco nu” que os desafios de futebol apelam a instintos primitivos e são hoje em dia uma espécie de sucedâneo das guerras tribais do passado. O comportamento dos hooligans, entretanto aparecidos em força, só lhe dá razão.

Nesta perspectiva, os “conflitos” entre as selecções nacionais estarão quase ao nível de uma guerra entre nações e, talvez por isso, as selecções mobilizem bandeiras como poucas outras coisas mais.

Um país complexado, que se acha superior a outro, põe em jogo, nessa partida, a sua honra. Perder com a Alemanha pode ser uma derrota honrosa, mas perder contra os anões Portugueses é, sem dúvida, uma vergonha nacional.

O facto de um “petit belge” ter anunciado que a estratégia do jogo passaria por pôr o C. Ronaldo numa maca em 2 minutos, demonstra nervosismo extremo pela perspectiva da desonra; limitação intelectual e perspicácia nula por não conseguir antecipar os efeitos de semelhante afirmação pública; tacanhez e mesquinhez por, em seguida, em vez de corrigir humildemente o “tiro”, ainda conseguir mostrar sorrisinho irónico e, em resumo, ausência de espelhos: se se conseguissem ver ao espelho, entenderiam claramente porque são eles os “petits”; mesmo quando insistem em chamar “anões” aos outros.

Como é evidente, ver o dito cujo a apalpar o ar atrás da bola e esta ir ter à cabeça do C. Ronaldo, para este a fazer aterrar nas redes, foi uma enorme satisfação. Pelo golo em si e pela desonra infligida à arrogância pobre.

Para concluir, uma ressalva para pôr fora do saco alguns belgas correctos que conheci e um abraço ao FC e ao RM em memória das lutas gloriosas na TA!

Sem comentários: