09 março 2007

Pensando (I)

Pensei então no que estaria no fundo de mim e que poderia facilmente destilar em prosa corrida. O que me surpreende: As pessoas; O que me agrada: Sorrisos, franqueza, inteligência O que me desagrada: Mesquinhez, arrogância, abuso. Por aqui não teremos nada de novo nem de especialmente interessante.

Pensei depois nas milhentas pequenas coisas que me aconteceram e que vi acontecer. Pensei nos lugares próximos e longínquos, estranhos e surpreendentes que se me incrustaram ao longo do tempo. Mas é tarde. Não tenho esperança de conseguir mostrar decentemente e com riqueza essa macedónia de recordações e sabores misturados.

Pensei ainda no que me conta o meu travesseiro. Nas fantasias acarinhadas, nos sonhos de criança ainda não azedados. Inventaria o meu herói que teria como base inquestionável o conseguir tudo. Entre épico e desgraçado. Entre a saga que o levaria ao pódio dos meus heróis de sempre acarinhados e a sublime nobreza de ficar de tudo desligado. Mas sobre isto acho que já há demasiado.

Pensei em construir uma história simples e genial mas achei que não conseguiria ritmo para o enredo nem profundidade para as personagens.

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