07 janeiro 2007

A mais perigosa

Ó juventude rica e incompreendida! Um amigo mais velho, um pedaço de liberdade, um vislumbre de pátria ter-te-ia sido bastante, e no entanto sentias ânsias doentias por entre colegas rudes e insípidos mestres-escola! Dentro de tais limites perdi rapidamente a minha alegre inocência e descobri a sede de conhecimento e de prazer; ao mesmo tempo, aprendi a dor da existência, a sensação de alheamento e a mais perigosa de todas as doenças da alma, a pena de mim mesmo.

Hermann Hesse in “Contos sublimes”

1 comentário:

APC disse...

Mais se sabe sobre o que existe, mais se sabe sobre o vazio.
Algures entre a ignorância socrática e o medo do niilismo, quanto mais pensamos (e assim existimos), de menos somos.
Um abraço.