Esta pergunta foi utilizada por um fabricante de automóveis para promover um utilitário, procurando evidenciar que ele servia para a mesma função do que os outros maiores. Em parte, tinham razão. Infelizmente os estrategas da Ford e da General Motors nos EUA não viram o anúncio e acharam que se deveriam concentrar nos automóveis grandes, entregando o mercado dos “pequenos”, à escala deles, aos japoneses. Entretanto, os japoneses atacaram também os grandes e, com o aumento do preço do petróleo, os clientes descobriram que não necessitavam mesmo de automóveis grandes, criando um grave problema a esses construtores.
Falando nos preços altos do petróleo e na escassez dos recursos naturais, podemos falar também no efeito de estufa e nas quotas de CO2, das quais se começam a fazer os primeiros balanços, confrontar tudo isto com a obsessão económica pelo crescimento e questionar: crescer para quê?
Crescer! As empresas devem crescer para não serem engolidas pelos concorrentes; as economias dos países devem crescer para não perderem terreno. Mas … para que necessitamos de ter 10 cv mais nos nossos automóveis, cada ano que passa? Para que necessitamos de aumentar ainda mais a produção de produtos agrícolas, já excedentários e, ao mesmo tempo, sem conseguirmos acabar estruturalmente com a fome no mundo?
Razoabilidade na utilização dos recursos do planeta: Será razoável que, devido ao crescimento e ao embaratecimento dos voos aéreos, haja ingleses que voem para Girona, unicamente para comprar bebidas alcoólicas e regressem carregados de garrafas, de tal forma que a poupança “paga” a viagem? Ou que se exportem maçãs do Brasil em carga aérea, chegando aos supermercados europeus mais “baratas” do que as do vizinho que as deixa cair da árvore?
W. Churchill dizia que a guerra era um assunto demasiado sério para ser deixado exclusivamente ao cuidado dos militares. Eu acrescentaria que a economia é um assunto demasiado sério para ser deixado exclusivamente ao cuidado dos economistas.
Existe uma dinâmica de evolução intrínseca da natureza humana. Crescer sim mas: “Grandes em quê?”.
Falando nos preços altos do petróleo e na escassez dos recursos naturais, podemos falar também no efeito de estufa e nas quotas de CO2, das quais se começam a fazer os primeiros balanços, confrontar tudo isto com a obsessão económica pelo crescimento e questionar: crescer para quê?
Crescer! As empresas devem crescer para não serem engolidas pelos concorrentes; as economias dos países devem crescer para não perderem terreno. Mas … para que necessitamos de ter 10 cv mais nos nossos automóveis, cada ano que passa? Para que necessitamos de aumentar ainda mais a produção de produtos agrícolas, já excedentários e, ao mesmo tempo, sem conseguirmos acabar estruturalmente com a fome no mundo?
Razoabilidade na utilização dos recursos do planeta: Será razoável que, devido ao crescimento e ao embaratecimento dos voos aéreos, haja ingleses que voem para Girona, unicamente para comprar bebidas alcoólicas e regressem carregados de garrafas, de tal forma que a poupança “paga” a viagem? Ou que se exportem maçãs do Brasil em carga aérea, chegando aos supermercados europeus mais “baratas” do que as do vizinho que as deixa cair da árvore?
W. Churchill dizia que a guerra era um assunto demasiado sério para ser deixado exclusivamente ao cuidado dos militares. Eu acrescentaria que a economia é um assunto demasiado sério para ser deixado exclusivamente ao cuidado dos economistas.
Existe uma dinâmica de evolução intrínseca da natureza humana. Crescer sim mas: “Grandes em quê?”.
2 comentários:
Já me dei conta disto que fala e vossemecê expõe-no com muita clareza. Creio que somos doutrinados a cada hora com 'produtividade' e 'competitividade' com o fim último de gerarmos meninos obesos! Não é essa a ordem natural? Cumpts.
"Grandes em quê?"
Também nas asneiras....
AMP
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