Na sequência do texto anterior sobre a "American Family Association" e do comentário da Olivina, acrescento…
Embora a sociedade americana funcione de uma forma exagerada e quase caricatural em muitos aspectos, este tom de cruzada não é específico dos EUA. Considero ser uma enorme falta de coerência estes movimentos “católicos” de “pressão” preocuparem-se com estas coisas e ao mesmo tempo verem de forma resignada problemas muitíssimo mais graves face aos princípios da sua doutrina, sem falar sequer dos básicos direitos do homem. Daí o zoom inverso.
Sobre os crucifixos nas escolas portugueses existe alguma analogia. As argumentações a favor da sua manutenção por gente inteligente, além de roçarem a desonestidade intelectual, são uma tentativa de impor ao universo a marca da maioria. E, para avaliar isto, nada como calçar o sapato do “outro”. Que diriam eles se, integrados numa comunidade maioritariamente islâmica, mas que quisessem sentir também como sua, vivessem permanente debaixo de um crescente colocado em cada sala de aula, em cada cama de hospital, em cada repartição pública, jurassem em tribunal sob o Corão e etc…? Achariam isso perfeitamente “normal” e um legítimo direito da maioria? Vai uma aposta???
Embora a sociedade americana funcione de uma forma exagerada e quase caricatural em muitos aspectos, este tom de cruzada não é específico dos EUA. Considero ser uma enorme falta de coerência estes movimentos “católicos” de “pressão” preocuparem-se com estas coisas e ao mesmo tempo verem de forma resignada problemas muitíssimo mais graves face aos princípios da sua doutrina, sem falar sequer dos básicos direitos do homem. Daí o zoom inverso.
Sobre os crucifixos nas escolas portugueses existe alguma analogia. As argumentações a favor da sua manutenção por gente inteligente, além de roçarem a desonestidade intelectual, são uma tentativa de impor ao universo a marca da maioria. E, para avaliar isto, nada como calçar o sapato do “outro”. Que diriam eles se, integrados numa comunidade maioritariamente islâmica, mas que quisessem sentir também como sua, vivessem permanente debaixo de um crescente colocado em cada sala de aula, em cada cama de hospital, em cada repartição pública, jurassem em tribunal sob o Corão e etc…? Achariam isso perfeitamente “normal” e um legítimo direito da maioria? Vai uma aposta???
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