Três criadores de renas na Lapónia, queixaram-se de que o corte de árvores na sua região pela Metsahallitus, empresa pública florestal finlandesa, era ilegal. Um tribunal decretou que o corte deveria ser suspenso provisoriamente e que os criadores teriam que apresentar uma garantia bancária de 1,05 Milhões de Euros, para poderem compensar as perdas da Metsahalitus, no caso de a decisão final do tribunal não lhes dar razão.
Na impossibilidade de apresentarem tal garantia, os criadores de renas apelaram à ONU, alegando discriminação perante a justiça. O comité dos direitos humanos da ONU solicitou a suspensão dos cortes e a Metsahalitus concordou. Esta história passa-se na Finlândia que por acaso, ou sem acaso, está no topo de muitos índices “civilizacionais”.
Não deixa, no entanto, de ser curioso comparar esta eficácia da ONU na defesa dos direitos humanos com, e é só um exemplo, o Darfur em que centenas de milhares de pessoas foram chacinadas perante pouco mais do que palavras de circunstância.
Também é curioso comparar este caso das renas com outro passado na mesma altura. Uma série de explosões numa fábrica petroquímica em Jilin, no nordeste da China, provocou uma mancha de 80 km de benzeno tóxico no rio Songhua. A jusante, na cidade de Harbin de 3,1 milhões de pessoas, a água foi cortada por quatro dias, esperando que a mancha passasse. Na mesma região, pouco tempo depois, mais uma exposição numa mina mata 166 pessoas, o que já parece uma rotina na China.
Ainda falta muito para que muitos seres humanos neste mundo tenham, na prática, os mesmos direitos que as renas finlandesas.
Na impossibilidade de apresentarem tal garantia, os criadores de renas apelaram à ONU, alegando discriminação perante a justiça. O comité dos direitos humanos da ONU solicitou a suspensão dos cortes e a Metsahalitus concordou. Esta história passa-se na Finlândia que por acaso, ou sem acaso, está no topo de muitos índices “civilizacionais”.
Não deixa, no entanto, de ser curioso comparar esta eficácia da ONU na defesa dos direitos humanos com, e é só um exemplo, o Darfur em que centenas de milhares de pessoas foram chacinadas perante pouco mais do que palavras de circunstância.
Também é curioso comparar este caso das renas com outro passado na mesma altura. Uma série de explosões numa fábrica petroquímica em Jilin, no nordeste da China, provocou uma mancha de 80 km de benzeno tóxico no rio Songhua. A jusante, na cidade de Harbin de 3,1 milhões de pessoas, a água foi cortada por quatro dias, esperando que a mancha passasse. Na mesma região, pouco tempo depois, mais uma exposição numa mina mata 166 pessoas, o que já parece uma rotina na China.
Ainda falta muito para que muitos seres humanos neste mundo tenham, na prática, os mesmos direitos que as renas finlandesas.
2 comentários:
CAro Carlos, admiro a sua persistência em querer ver o nosso país como um país de 1º Mundo. Infelizmente, e à imagem, do que nos narra hoje, estamos muito aquém de países como a Filandia, mas temos a arrogância,essa sim, mas na prática somos terceiro mundistas: Não se dá fruta aos pobres, quanto mais agirmos em prol de renas.
Pelo menos, (e como Portuguesa vejo sempre o copo meio cheio), não temos o cinismo da China, que tem o povo a morrer à fome, depende de ajudas internacionais, mas investe milhões na reprocriação dos pandas e na investigação espacial e de aeronáutica.
Enfim contracensos, conntradições, e é este o mundo real.
A Irradicação da Pobreza, é a actividade pela qual muitos Pobres proporcionam bons negócios a alguns Ricos.
Por exemplo, o armazém aonde são guardados os produtos alimentares recolhidos pela Ajuda Alimentar Portuguesa, custa a esta organização uma renda de 600 contos (antigos, claro está).
A Ajuda Alimentar a países como a Somália, Moçambique, etc., é outra mentira. Serve para escoar excedentes agrícolas dos países ricos (alguns deles com muita população pobre, como o Brasil, os EUA), e limita-se a manter vivas as populações que diz querer ajudar. Muitas vezes tendo como contrapartida concessões económicas e políticas. Concessões que não obteriam se não fosse a "ajuda".
Os países com muita população esfomeada, subnutrida, doente, não têm qualquer hipótese de "levantar a cabeça" enquanto recorrerem à "Ajuda Alimentar Internacional", pois essa população continua a ter filhos sem condições de os criar de uma forma saudável, e isso impossibilita o aparecimento de gerações jovens e saudáveis, capazes de adquirir formação e de relançar a economia de seu país.
A comida é usada como arma estratégica.
Com as renas é diferente, não está em causa o domínio de um povo e de uma economia...
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