14 outubro 2017

Soluções


Foram notícia esta semana as complicações com a redução da frota operacional da Soflusa e a empresa pediu aos utentes (clientes?) para viajarem à hora que serve a empresa e não os próprios. Quem costuma utilizar o Metro de Lisboa, também já está perfeitamente habituado à rotina das “perturbações na circulação”. Não vou dizer que se estas situações ocorressem com os serviços concessionados, já alguém estaria a ser vergastado em praça pública, mas… se calhar.

A solução proposta pela Soflusa não serve, dado que se, realmente, há muita malta com flexibilidade de horário formal ou informal, não é suficiente. Normalmente, o pessoal precisa de cumprir horários, minimamente.

Abraçando este espírito de que tudo se resolve facilmente, avanço uma sugestão: fazer um rodízio! Já que se reduziu o horário da função pública para as 35 horas, teoricamente sem impacto nenhum, era só mais um bocadinho. Como nas cidades poluídas e/ou excessivamente congestionados, onde há matrículas bloqueadas conforme o dia da semana; era fazer o mesmo com os funcionários públicos. Aqueles, cujo número de cartão de cidadão terminasse em 0 ou 1, não trabalhavam à segunda-feira; em 2 e 3 à terça-feira e por aí fora!

Há o risco de isto ser considerado uma forma de assédio, tal como há quem ache que a PT mandar para casa (continuando a pagar) quem não tem lá que fazer, não é correto. Enfim, o mundo não é perfeito.

2 comentários:

jorge neves disse...

São as celebres cativações. É preciso cumprir o défice, não se faz manutenção. É assim nos barcos, nos comboios e nos metros. Empurra-se com a barriga. Até um dia.

Carlos Sampaio disse...

É isso e a competência dos boys e das girls que também não deve ajudar muito. O Metro de Lisboa ficar sem bilhetes para vender, é obra.
Obviamente que se estivesse concessionado (e com contratos bem feitos), o serviço seria melhor e mais barato, mas dizer isso é ser “neo-liberal”, que nem é o meu caso,