Para quem esteve ou passou na Bélgica entre 1995 e 1996, estes rostos com 8 anos de idade nunca deixarão de nos ser familiares. Vimo-los por todo o lado. Foram raptadas em 24/06/1995, exatamente há 20 anos, e acabariam por morrer em março do ano seguinte, supostamente abandonadas numa cave prisão, de desidratação e desnutrição. Seguem-se, sempre aos pares, An e Eefie, também mortas. Finalmente Laetitia e Sabine são salvas no desfecho do processo.
Uma inexplicável ineficácia da polícia belga e muita confusão e perturbação com os magistrados de instrução sugerem que pode haver outro tipo de implicados, para lá de Marc Dutroux, principal autor material, e seus cúmplices próximos. Numa busca à sua casa, quando já é bem conhecido como pedófilo, os polícias, ouvem gritos das crianças mas convencem-se de que é algo no exterior. O juiz Jean-Marc Connerotte, o único que pega no assunto a sério e que salva as duas últimas crianças, vê o caso ser-lhe retirado por ter participado num jantar de solidariedade com as vítimas.
É desestimado um testemunho pormenorizado de uma antiga vítima, incriminando claramente o sinistro Michel Nihoul como suposta figura de proa duma organização pedófila. Não é chamada ao julgamento e Nihoul sai ilibado das principais acusações.
Há teorias da conspiração segundo as quais Dutroux era apenas um “caçador” alimentando uma rede de pedofilia que chegaria muito alto. Segundo outras, a vontade da polícia de apanhar na rede peixe graúdo deixa rédea solta ao raptor durante demasiado tempo.
É difícil ir muito mais longe a desenvolver especulações, mas é bastante plausível que com um bocadinho mais de eficácia da(s) polícia(s) Julie e Melissa poderiam ter sido salvas. Certo mesmo é que morreram e que sofreram muito. Pensar que gente influente pode ter participação ativa e influencia encobridora é arrepiante. Para todos os efeitos a Bélgica não encerrou o assunto.
Uma inexplicável ineficácia da polícia belga e muita confusão e perturbação com os magistrados de instrução sugerem que pode haver outro tipo de implicados, para lá de Marc Dutroux, principal autor material, e seus cúmplices próximos. Numa busca à sua casa, quando já é bem conhecido como pedófilo, os polícias, ouvem gritos das crianças mas convencem-se de que é algo no exterior. O juiz Jean-Marc Connerotte, o único que pega no assunto a sério e que salva as duas últimas crianças, vê o caso ser-lhe retirado por ter participado num jantar de solidariedade com as vítimas.
É desestimado um testemunho pormenorizado de uma antiga vítima, incriminando claramente o sinistro Michel Nihoul como suposta figura de proa duma organização pedófila. Não é chamada ao julgamento e Nihoul sai ilibado das principais acusações.
Há teorias da conspiração segundo as quais Dutroux era apenas um “caçador” alimentando uma rede de pedofilia que chegaria muito alto. Segundo outras, a vontade da polícia de apanhar na rede peixe graúdo deixa rédea solta ao raptor durante demasiado tempo.
É difícil ir muito mais longe a desenvolver especulações, mas é bastante plausível que com um bocadinho mais de eficácia da(s) polícia(s) Julie e Melissa poderiam ter sido salvas. Certo mesmo é que morreram e que sofreram muito. Pensar que gente influente pode ter participação ativa e influencia encobridora é arrepiante. Para todos os efeitos a Bélgica não encerrou o assunto.
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