Vêem-se em Viana do Castelo uns cartazes anunciando que os Estaleiros Navais da cidade estão no coração do desenvolvimento da região, apelando ao interesse e à necessidade de manter a situação actual da empresa e à defesa dos respectivos postos de trabalho. Para lá dessa frase e pesquisando o que tem sido notícia sobre o assunto, o que vemos? Houve um grande navio de transporte misto encomendado pelo governo autónomo dos Açores (foto acima) que foi rejeitado por supostamente não cumprir o caderno de encargos da encomenda. Não vi em nenhum sítio nem esclarecimento nem responsabilização sobre o sucedido: O caderno de encargos era claro? De quem foi a responsabilidade da concepção e da suposta falha? Como foi, ou não foi, verificada a tal não conformidade? Nada! Ficou tudo em “águas de bacalhau”, como se se tratasse duma simples fornada de pão que saiu mal e que o cliente não quis.
Depois, recordo-me de a empresa Douro Azul não ter conseguido concretizar uma encomenda, supostamente por falta de resposta dos gestores dos estaleiros. Vimos ainda o encarregado da venda da empresa afirmar publicamente que aquilo valia pouco, assumindo o discurso habitual do comprador que é desdenhar o que quer comprar. Temos entretanto centenas de pessoas desocupadas há umas dúzias de meses e a serem pagas não pelo que produzem mas por um desesperado Orçamento de Estado que não sabe mais onde cortar e magoar. Tudo isto é de uma irresponsabilidade desesperante e de uma inépcia confrangedora.
Não sei se a solução para os estaleiros é uma privatização bem contratada com responsabilidades claras de investimento e de modernização que garantam a viabilidade da empresa, mas uma coisa é certa: a situação actual é insustentável e cada ano que passa, mais desvaloriza os activos e muito especialmente o capital humano que a inactividade degrada. Clamar pela defesa dos postos de trabalho é importante mas não pode ser ponto de partida e de chegada sem mais. A situação actual está efectivamente na base sim, mas do definhamento da região e do país!
Depois, recordo-me de a empresa Douro Azul não ter conseguido concretizar uma encomenda, supostamente por falta de resposta dos gestores dos estaleiros. Vimos ainda o encarregado da venda da empresa afirmar publicamente que aquilo valia pouco, assumindo o discurso habitual do comprador que é desdenhar o que quer comprar. Temos entretanto centenas de pessoas desocupadas há umas dúzias de meses e a serem pagas não pelo que produzem mas por um desesperado Orçamento de Estado que não sabe mais onde cortar e magoar. Tudo isto é de uma irresponsabilidade desesperante e de uma inépcia confrangedora.
Não sei se a solução para os estaleiros é uma privatização bem contratada com responsabilidades claras de investimento e de modernização que garantam a viabilidade da empresa, mas uma coisa é certa: a situação actual é insustentável e cada ano que passa, mais desvaloriza os activos e muito especialmente o capital humano que a inactividade degrada. Clamar pela defesa dos postos de trabalho é importante mas não pode ser ponto de partida e de chegada sem mais. A situação actual está efectivamente na base sim, mas do definhamento da região e do país!
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