Já falei aí atrás de sociedades secretas em geral e do Opus Dei em particular e não vou repetir o que já disse. Acrescento apenas que soube hoje existir uma base de dados oficial da dita organização com os livros não recomendados, muito bem organizada, com a classificação do nível de inconveniente de cada obra. Pesquisei Eça de Queirós e encontrei o seguinte:
L-A1: Sin inconvenientes
As minas de Salomão
L-A2: Sin inconvenientes, aunque puede no resultar adecuado para lectores más jóvenes
Alves e Cia
L-B1: Algunos inconvenientes morales
Cartas de Inglaterra , Cartas de Lisboa, Cartas familiares, Crónicas de Londres, A cidade e as serras, A ilustre casa de Ramires, Ecos de Paris, O Conde de Abranhos, O Egipto, O mistério da estrada de Sintra, La Nourrice, Prosas Bárbaras , Os contos
L-B2: Presenta pasajes de cierta entidad contrarios a la fe o la moral
Notas contemporâneas, O Mandarim, O primo Basílio, Singularidades de uma rapariga loura
L-C1: Presenta pasajes escabrosos o un fondo ideológico general que puede confundir a personas con una escasa formación cristiana
Os Maias, Uma campanha alegre, A Capital, A correspondência de Fradique Mendes
L-C3: Por sus contenidos explícitos, la obra contraría la fe o la moral católica o se dirige contra la Iglesia y sus instituciones
A relíquia, O crime do Padre Amaro,
Sendo que este exemplo é unicamente para Eça, fica para mim a questão: deixar de ler (poder ler) obras magníficas por este tipo de suposta inconveniência é assustadoramente empobrecedor e pode certamente provocar escassa formação humana.
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