De passagem pela Argentina. Para o supervisor do projecto estavam a expirar os 3 meses de estadia contínua permitida e necessitava de sair e reeentrar no país para ter carimbo fresco no passaporte. Não é muito lógico, mas funcionava. O mais prático era atravessar o estuário do Rio de La Plata de Buenos Aires para a povoação uruguaia em face. Resolvo acompanhá-lo mas não consigo convencer mais ninguém a acordar cedo ao domingo. Assim saímos da nossa base na cidade de La Plata para Buenos Aires pela fresca, sem trânsito e sem necessidade daquelas manobras e utrapassagens especiais que nos chocam no primeiro dia mas que ao fim de uma semana de estadia já cumprimos escrupulosamente (ou, melhor dizendo, sem escrúpulos).
Disseram-nos que a cidade do outro lado, escondida atrás de cerca de 50 km de águas barrentas, era “preciosa”. Atendendo a outras recomendações anteriores, podia não significar muito. Quando acrescentaram que era património mundial da Unesco, aí, a ser verdade, já prometia algo mais. E numa manhã calma, num rápido e grande catamaran, lá atravessámos o final do longo curso do Paraná dispostos a ver o que quer que houvesse para ver.
Buenos Aires é uma metrópole frenética. Na altura estava a poucos passos da catástrofe anunciada de 1999 mas ainda era “antes”. Largas avenidas perigosas de atravessar e muita gente empurrando-nos para todos os lados. Tirando um final de dia numa esplanada do recuperado e caro “Puerto Madero” ou um domingo de manhã no bairro antigo de S. Telmo onde se pode encontrar um casal numa praça a dançar o tango com uma expressividade e uma sensualidade de mais nenhum lugar do mundo, Buenos Aires não é acolhadora nem humana.
À aproximação do fim da viagem lá aparece a pequena povoação em península debruçada sobre a água e rodeada por muralha antiga. Duas torres de igreja brancas sobre as copas das árvores. Vou comentando com o meu companheiro de viagem que parece simpática. O desembarque e o primeiro contacto com os uruguaios, incomparavelmente mais abertos e assumidos do que os vizinhos argentinos. À entrada da cidade velha um brasão português, as ruas, as telhas o ambiente... tudo cheirava a português. No outro lado do mundo e a menos de uma hora da buliçosa B. Aires, estávamos numa simpática e pacata aldeia portuguesa!
Disseram-nos que a cidade do outro lado, escondida atrás de cerca de 50 km de águas barrentas, era “preciosa”. Atendendo a outras recomendações anteriores, podia não significar muito. Quando acrescentaram que era património mundial da Unesco, aí, a ser verdade, já prometia algo mais. E numa manhã calma, num rápido e grande catamaran, lá atravessámos o final do longo curso do Paraná dispostos a ver o que quer que houvesse para ver.
Buenos Aires é uma metrópole frenética. Na altura estava a poucos passos da catástrofe anunciada de 1999 mas ainda era “antes”. Largas avenidas perigosas de atravessar e muita gente empurrando-nos para todos os lados. Tirando um final de dia numa esplanada do recuperado e caro “Puerto Madero” ou um domingo de manhã no bairro antigo de S. Telmo onde se pode encontrar um casal numa praça a dançar o tango com uma expressividade e uma sensualidade de mais nenhum lugar do mundo, Buenos Aires não é acolhadora nem humana.
À aproximação do fim da viagem lá aparece a pequena povoação em península debruçada sobre a água e rodeada por muralha antiga. Duas torres de igreja brancas sobre as copas das árvores. Vou comentando com o meu companheiro de viagem que parece simpática. O desembarque e o primeiro contacto com os uruguaios, incomparavelmente mais abertos e assumidos do que os vizinhos argentinos. À entrada da cidade velha um brasão português, as ruas, as telhas o ambiente... tudo cheirava a português. No outro lado do mundo e a menos de uma hora da buliçosa B. Aires, estávamos numa simpática e pacata aldeia portuguesa!
E foi assim que descobri existir uma jóia realmente preciosa chamada “Colónia del Sacramento”.
Foto googleada - na altura ainda não estava banalizado o fotografa tudo a toda a hora e em todos os lugares.
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