Sei de experiência própria que saber dizer um “não” a quem espera receber um “sim” é toda uma arte e de resultados mesmo imprevisíveis em contextos culturais pouco dominados. Para a mesma mensagem objectiva, a forma de a dizer pode ser a diferença entre passar relativamente bem e provocar um cataclismo.
Tudo isto se agrava por existir, cada vez mais, a cultura do “nunca aceitar um não”. Se um funcionário público me nega uma informação, é normal eu insistir e recusar essa primeira resposta. Agora, se resolvo pedir um desconto na caixa de um supermercado, já me será mais difícil insistir em recusar o “não”. É necessário ter sensibilidade para saber onde se pode insistir e onde não vale a pena.
É comummente reconhecido que quem recusa os “nãos” e os consegue transformar em “sins” é uma figura de sucesso. Sim... mas. Por isso há cada vez mais quem só diga “sim”, inventando desculpas para quando, posteriormente, a realidade confirmar o inevitável “não”.
Há também quem, tacticamente, inclua logo o desconto no preço. Se eu sei que não será aceite a primeira resposta, apresento-a já com margem de recuo incluída. Sim... mas. Pode ser muito giro numas férias exóticas passar meia hora a negociar um tapete, mas, no dia a dia, ao comprar um quilo de laranjas no regresso a casa, ter também que protestar o preço é desgastante.
Dizer sim em vez de um não, ou apresentar “nãos” dobrados para no fim conseguir manter um deles, é desonesto e engano mútuo. Um sistema em que sistematicamente os “nãos” são transformados em “sins” não é são nem eficaz.
Tudo isto se agrava por existir, cada vez mais, a cultura do “nunca aceitar um não”. Se um funcionário público me nega uma informação, é normal eu insistir e recusar essa primeira resposta. Agora, se resolvo pedir um desconto na caixa de um supermercado, já me será mais difícil insistir em recusar o “não”. É necessário ter sensibilidade para saber onde se pode insistir e onde não vale a pena.
É comummente reconhecido que quem recusa os “nãos” e os consegue transformar em “sins” é uma figura de sucesso. Sim... mas. Por isso há cada vez mais quem só diga “sim”, inventando desculpas para quando, posteriormente, a realidade confirmar o inevitável “não”.
Há também quem, tacticamente, inclua logo o desconto no preço. Se eu sei que não será aceite a primeira resposta, apresento-a já com margem de recuo incluída. Sim... mas. Pode ser muito giro numas férias exóticas passar meia hora a negociar um tapete, mas, no dia a dia, ao comprar um quilo de laranjas no regresso a casa, ter também que protestar o preço é desgastante.
Dizer sim em vez de um não, ou apresentar “nãos” dobrados para no fim conseguir manter um deles, é desonesto e engano mútuo. Um sistema em que sistematicamente os “nãos” são transformados em “sins” não é são nem eficaz.
1 comentário:
Só para mandar um abraço e dizer que fiquei cliente do teu blog.
Vítor
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