03 janeiro 2007

Tribos e "tribinhos"

Não sou especialista em sociologia mas parece-me claro que o homem se agrupa para se proteger. Um dos maiores factores de mobilização e agregação é a presença de uma ameaça. Muitas vezes na História as ameaças foram colocadas em evidência e mesmo amplificadas por líderes ameaçados na sua liderança ou somente inseguros (fica o convite para a lista...).

Sendo claro que convivemos quotidianamente com ameaças de todo o tipo, em maior ou menor grau, será normal que no relacionamento social se vão fazendo e desfazendo coligações, agregando ou desagregando grupos, conforme o perfil e a intensidade da ameaça pressentida.

Eu, nesse campo, tenho um sério problema. Acredito que valores como o rigor e a frontalidade, a prazo, acabarão sempre por se sobrepor às ameaças de fundamentação duvidosa. Também sou incapaz de me agregar quando estão em causa questões como a competência ou a honestidade intelectual. Como tal, em ambiente balcanizado, sobrevivo com dificuldade porque não assumo uma filiação tribal. É impossível agradar a gregos e a troianos mas também é difícil não ser nem grego nem troiano quando a guerra se declara.

A excepção será a situação de “guerra justa”, mas quantas guerrinhas traiçoeiras não nascem por aí todos os dias?

Complemento de informação, a pedido: Um tribinho não é um grupo. É uma pessoa daquelas que só sobrevive em tribozinhas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Carlos, cada vez é mais difícil sobreviver, neste mundo, com ciladas e golpes vindos de todas
as direcções, mesmo de quem não esperámos...tantas vezes me pergunto por onde vou e se vale a pena prosseguir. Uma luta feroz entre os humanos e vale tudo para atingir os fins e objectivos.

Fica bem.
Beijinhos
betania

APC disse...

Já percebi da quantidade de inimigos que se ganha só por não ter inimigos.
Simples, não?
:-)

Anónimo disse...
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