Os Espanhóis estão a procurar trabalhar menos tempo… e mais. Um livro branco recentemente apresentado pelo governo espanhol diz aquilo que poucos querem ouvir, mas que quem estiver minimamente atento já o adivinharia. Que uma grande parte do tempo das longas maratonas diárias passado nas empresas pelos seus diligentes colaboradores… é tempo desperdiçado. Que alguns dos sectores e empresas com maior produtividade são precisamente aqueles que têm por norma as pessoas não prolongarem excessivamente a sua permanência.
E, aqui, reside a grande questão, não específica de Espanha. Permanecer dentro das quatro paredes dos escritórios, muitas vezes circulando pelos corredores e conversando disto e daquilo, não é equivalente a trabalhar mesmo.
Nos últimos anos criou-se uma cultura do “valor presencial”. Quem sair um dia à hora normal é malandro e pouco empenhado. Quem sair frequentemente à hora de já estar a terminar o jantar, merece a coroa de louros pela dedicação, independentemente dos resultados. Hipocrisia e cultura de fachada. É mil vezes mais importante quem “dá o litro” das 9h às 18h, do que quem se arrasta de porta em porta e se perde em reuniões mal conduzidas, erráticas e/ou divertidas. Ignora-se que muitas funções, quando realizadas a fundo, podem deixar o trabalhador extenuado no final do horário normal e que é preferível encerrar para recomeçar o dia seguinte a 100%, do que ficar em socialização distraindo aqueles que estão mesmo a produzir.
Sendo o tempo um bem dos mais preciosos e o custo das horas do pessoal uma das rubricas mais pesadas de muitas contas de exploração, é extremamente curioso como muitas organizações contemporizam e, até mesmo, promovem a importância das horas de simples permanência.
E, aqui, reside a grande questão, não específica de Espanha. Permanecer dentro das quatro paredes dos escritórios, muitas vezes circulando pelos corredores e conversando disto e daquilo, não é equivalente a trabalhar mesmo.
Nos últimos anos criou-se uma cultura do “valor presencial”. Quem sair um dia à hora normal é malandro e pouco empenhado. Quem sair frequentemente à hora de já estar a terminar o jantar, merece a coroa de louros pela dedicação, independentemente dos resultados. Hipocrisia e cultura de fachada. É mil vezes mais importante quem “dá o litro” das 9h às 18h, do que quem se arrasta de porta em porta e se perde em reuniões mal conduzidas, erráticas e/ou divertidas. Ignora-se que muitas funções, quando realizadas a fundo, podem deixar o trabalhador extenuado no final do horário normal e que é preferível encerrar para recomeçar o dia seguinte a 100%, do que ficar em socialização distraindo aqueles que estão mesmo a produzir.
Sendo o tempo um bem dos mais preciosos e o custo das horas do pessoal uma das rubricas mais pesadas de muitas contas de exploração, é extremamente curioso como muitas organizações contemporizam e, até mesmo, promovem a importância das horas de simples permanência.
1 comentário:
Gostava que fosse criada a jornada de 8h, como padrão, para todos os trabalhadores!
Teria efeitos secundário? Aumento do PIB? ...
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