Em 2014, quando A.J. Seguro estava prestes a ser corrido da liderança do partido por investida de A. Costa e companhia, alertou para a existência de um partido invisível na sociedade portuguesa e de haver uma parte do PS associada aos negócios e interesses. Isto da parte do ainda líder de um partido com a dimensão e importância do PS é mais do que preocupante, é potencialmente muito grave.
A ser mentira seria expetável uma reação do tipo “quem não
se sente, não é filho de boa gente”, eventualmente até uma queixa por difamação,
mas o assunto foi ignorado e arquivado, como se fosse apenas um episódio de uma
disputa acalorada. No entanto, o fundo da questão não se deveria esgotar com o
fecho daquelas primárias pela liderança do partido.
É óbvio que o partido invisível não o esqueceu, nem perdoou
e agora votarem Seguro não é como os comunistas a porem a cruzinha em Soares na
segunda volta das presidenciais de 1986… mas pior!
Vemos assim esgares de muita gente a repudiarem AJ Seguro
porque sim ou por argumentos estapafúrdios e assumida ou sub-repticiamente a
migrarem para candidaturas menos alérgicas.
O eventual cenário de termos uma segunda volta entre um
candidato do partido invisível e A. Ventura é dos piores pesadelos que posso
imaginar.

Sem comentários:
Enviar um comentário