05 dezembro 2025

O candidato do partido invisível


Em 2014, quando A.J. Seguro estava prestes a ser corrido da liderança do partido por investida de A. Costa e companhia, alertou para a existência de um partido invisível na sociedade portuguesa e de haver uma parte do PS associada aos negócios e interesses. Isto da parte do ainda líder de um partido com a dimensão e importância do PS é mais do que preocupante, é potencialmente muito grave.

A ser mentira seria expetável uma reação do tipo “quem não se sente, não é filho de boa gente”, eventualmente até uma queixa por difamação, mas o assunto foi ignorado e arquivado, como se fosse apenas um episódio de uma disputa acalorada. No entanto, o fundo da questão não se deveria esgotar com o fecho daquelas primárias pela liderança do partido.

É óbvio que o partido invisível não o esqueceu, nem perdoou e agora votarem Seguro não é como os comunistas a porem a cruzinha em Soares na segunda volta das presidenciais de 1986… mas pior!

Vemos assim esgares de muita gente a repudiarem AJ Seguro porque sim ou por argumentos estapafúrdios e assumida ou sub-repticiamente a migrarem para candidaturas menos alérgicas.

O eventual cenário de termos uma segunda volta entre um candidato do partido invisível e A. Ventura é dos piores pesadelos que posso imaginar.

 

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