É sempre bom existir uma abordagem sistemática e estruturada a questões complexas e delicadas. Daí que o famoso questionário de 36 perguntas aos potenciais (candidatos?!) ministros e secretários de Estado é, por princípio, positivo. Indo aos detalhes. Antes deste questionário não havia escrutínio a nenhuma destas questões, começamos assim do zero? Por exemplo:” Tem a situação fiscal regularizada junto da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)?”
A seguir, faltam certamente muitas questões para validar a
idoneidade do individuo, esta não se esgota em questionário e mesmo a pergunta genérica
final, 36, é simplesmente respondida pelo próprio na sua melhor boa intenção e
critério. Sobre o escrutínio das respostas, a tentativa, negada, de envolver a
PGR e o TC é bem representativa da tática. Chutar a bola para o lado e
corresponsabilizar terceiros. Triste e covarde.
Ao mesmo tempo em que este questionário era cozinhado,
ouvimos Ana Catarina Mendes, figura de proa do partido e do governo, dizer
sobre uma das figuras que o provocou: "Gratidão por todo o trabalho que ao
longo dos anos o Miguel Alves fez nesta federação. Ser socialista é isto mesmo:
é sermos solidários, é não nos esquecermos daquilo que cada um de nós consegue
dar, de si, à causa pública. O Miguel deu muito de si à causa pública".
Enfim, tudo muitíssimo credível!
Posso sugerir a questão 37? “Esteve envolvido ou tem conhecimento
de alguma ação de financiamento ilegal de partido político?” … Perguntar não
ofende!
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