14 abril 2017

Diferenças


Gostamos muito de dizer mal dos alemães, daqui a 50 séculos ainda os estaremos a estigmatizar pelo nazismo, apesar de eles terem resolvido essa sua herança de uma forma quase exemplar, e invocaremos muitas outras coisas, mais do campo da inveja do que do campo do racional e dos princípios.

Ficamos escandalizados por um holandês, daqueles piorzinhos, que gostaria de ser alemão, mas não o é, vir lembrar que receber ajuda também implica obrigações. O dinheiro que recebemos não foi para mulheres e copos, principalmente. Mas algum foi para os copos lá no sul de Espanha onde muitos dos nossos bravos chavalos não viram nada de especial em termos de estragos, apenas paredes riscadas… o que, aparentemente, é uma coisa perfeitamente normal.

Voltando aos alemães, temos nas notícias destes dias a solidariedade dos adeptos do Mónaco com o ataque ao Borússia e os alemães a abrirem as casas e a oferecerem hospitalidade aos monegascos. Foi bonito e uma bofetada de luva branca aos energúmenos que acham que conseguem mudar o nosso mundo. Neste caso, mudaram para melhor.

Por cá, vimos os adeptos de um clube da minha cidade, com o qual (clube) não me identifico, cantarem qualquer coisa como “Ai quem me dera que o avião da Chapacoense fosse do Benfica”. Coisa pontual e não significativa? Não! Vejam o Canelas, do meu concelho (bolas!) e o seu registo de incivilidade de há largos meses e que só se “descobriu” agora, depois de enviarem um árbitro para o hospital.

Continuemos, portanto, a fazer piadinhas com a Sra Merkel e a insultar o Sr Schauble, os culpados disto tudo, que vamos bem…

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