A senhora que se vê na fotografia junta participa numa acção de protesto das “femen”, aquando da chegada de Dominique Strauss-Kahn (DSK) ao tribunal de Lille. O antigo director do FMI, que já foi notícia por um suposto assédio a uma empregada de quarto de um hotel em Nova Iorque, está agora a ser julgado por ter participado numas festas “à Berslusconi”. Enquanto o italiano teve problemas com a justiça por causa da idade das participantes, DSK está acusado “apenas” de proxenetismo agravado, incorrendo numa pena máxima de 10 anos de prisão e 1,5 milhões de euros. Não tenho nenhuma simpatia pelo senhor, nem sequer pelos seus opositores políticos, suspeitos de terem aproveitado a sua “fraqueza” e acredito que França tem leis justas e equilibradas e juízes sérios e competentes. Veremos o final.
Já estas manifestações, parece-me misturarem coisas. Prostituição implicar um problema de condição feminina falha e logo em dois sítios. Num artigo recente do “Le Monde”, feito de vários testemunhos, várias mulheres confessavam terem uma vida à partida “decente”, mas o “vender favores”, de vez em quando, lhes permitir ter mais e fazerem-no por sua livre vontade e iniciativa, sem constrangimentos. Há certamente casos dramáticos de seres humanos em situação degradante, mas não são cenário único. Depois, este contexto não é restrito ao género feminino e aqui está a segunda falha. Tenho uma imagem gravada de um adolescente humilde tunisino a almoçar com um francês maduro e sebento num restaurante “chique” de Tunes, que ainda me incomoda só de a recordar.
Estas senhoras de tronco nu, muito eficazes a chamar fotógrafos, criam imagens com muito impacto. No entanto, acho-as “fora de foco”, pelo menos neste caso. Cada vez mais, os problemas da condição humana não se separam entre géneros. Estas acções até me parecem cheirar um bocadinho a misandria...
Já estas manifestações, parece-me misturarem coisas. Prostituição implicar um problema de condição feminina falha e logo em dois sítios. Num artigo recente do “Le Monde”, feito de vários testemunhos, várias mulheres confessavam terem uma vida à partida “decente”, mas o “vender favores”, de vez em quando, lhes permitir ter mais e fazerem-no por sua livre vontade e iniciativa, sem constrangimentos. Há certamente casos dramáticos de seres humanos em situação degradante, mas não são cenário único. Depois, este contexto não é restrito ao género feminino e aqui está a segunda falha. Tenho uma imagem gravada de um adolescente humilde tunisino a almoçar com um francês maduro e sebento num restaurante “chique” de Tunes, que ainda me incomoda só de a recordar.
Estas senhoras de tronco nu, muito eficazes a chamar fotógrafos, criam imagens com muito impacto. No entanto, acho-as “fora de foco”, pelo menos neste caso. Cada vez mais, os problemas da condição humana não se separam entre géneros. Estas acções até me parecem cheirar um bocadinho a misandria...
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