Estamos nos 70, poucos anos após o 25 de Abril, o povo é quem mais ordena, povo para aqui, povo para ali e o popular ganha muita popularidade. Aparece então gente de outros meios, e com outros meios, a tocar música tradicional, indo buscá-la à fonte, directa ou indirectamente. Tradicional em segunda mão, como dizia com humor Michel Giacometti, um nome fundamental das recolhas, de quem nunca é demais realçar o quanto lhe devemos.
E o que se ouve destes novos intervenientes surpreende. Destaco um nome especial (para mim): A Brigada Vitor Jara. Assumem claramente que tocam música tradicional, com novos arranjos, sempre com instrumentos tradicionais, mas sem os restringir à sua zona geográfica original. Mais uma vez não se pode identificar directamente a música tradicional com aquilo, mas a beleza, força e diversidade dos temas, pressagiam que lá por trás andaria uma riqueza escondida.
Outra grande referência no final da década de 70 são os Almanaque e o seu álbum “Descantes e Cantaréus”, em que assumem que é mesmo, mesmo, tradicional, igual à recolha original. O disco viaja por todo o país, mas tem um significado especial para mim, pela proximidade, a “Tirana”, que tem uma beleza e uma força incríveis. O que se passava então com os grupos folclóricos e a sua estridência que nada tinham a ver com isto e quase parecem oriundos de um mundo completamente diferente?
Existe no início dos 80 um grupo que é uma “aberração folclórica” à luz dos cânones habituais: não dançam e não têm acordeão! Mas como tocam e como cantam! Recomendo o “Senhor da Pedra”, de “ir ao céu e tornar a vir…”. É o “Grupo de Cantares de Manhouce” e a senhora solista (cantadeira), nada estridente, ficará depois conhecida, atravessando outros palcos: Isabel Silvestre.
E o que se ouve destes novos intervenientes surpreende. Destaco um nome especial (para mim): A Brigada Vitor Jara. Assumem claramente que tocam música tradicional, com novos arranjos, sempre com instrumentos tradicionais, mas sem os restringir à sua zona geográfica original. Mais uma vez não se pode identificar directamente a música tradicional com aquilo, mas a beleza, força e diversidade dos temas, pressagiam que lá por trás andaria uma riqueza escondida.
Outra grande referência no final da década de 70 são os Almanaque e o seu álbum “Descantes e Cantaréus”, em que assumem que é mesmo, mesmo, tradicional, igual à recolha original. O disco viaja por todo o país, mas tem um significado especial para mim, pela proximidade, a “Tirana”, que tem uma beleza e uma força incríveis. O que se passava então com os grupos folclóricos e a sua estridência que nada tinham a ver com isto e quase parecem oriundos de um mundo completamente diferente?
Existe no início dos 80 um grupo que é uma “aberração folclórica” à luz dos cânones habituais: não dançam e não têm acordeão! Mas como tocam e como cantam! Recomendo o “Senhor da Pedra”, de “ir ao céu e tornar a vir…”. É o “Grupo de Cantares de Manhouce” e a senhora solista (cantadeira), nada estridente, ficará depois conhecida, atravessando outros palcos: Isabel Silvestre.
A Tirana está aqui
E o Sr da Pedra está aqui
Continuação do anterior "Antes"
Continua para "A culpa"
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