11 setembro 2011

A amálgama do pós 11 de Setembro

Pois… eu não gosto de efemérides e até tinha planeado passar ao lado desta, mas não resisti. Sei bem onde estava na altura mas isso interessa pouco, como também sei que a 11/9/2006 estava a apanhar um avião para me instalar de armas e bagagens na Argélia.

Quanto ao de 2001, acho que ele criou/cria muitos equívocos quanto à relação do mundo ocidental com o Islão. Por um lado, uma negativa pela identificação dos atentados com os muçulmanos em geral e subsequente desconfiança e repulsa; por outro lado uma simpatia e compreensão de outra facção para com quem está a ser injustamente ostracizado. Vamos por partes … a Al Qaeda é uma organização que não se pode identificar com a globalidade do Islão. É terrorista como o foram as Brigadas Vermelhas e ainda o é a ETA. A grande maioria dos muçulmanos não se identifica com ela, apesar de não lhes ficar mal uma condenação mais clara e rotunda destes actos. Mas, por muito perigosa que seja a ameaça da Al Qaeda, existe um arsenal de legislação, polícia e tribunais para a combater. Com mais ou menos vítimas a lamentar o desfecho é claro como o foi para as Brigadas Vermelhas e é/será para a ETA.

No entanto, para o Sr Dupont e o Sr Smith o seu problema com o Islão não está nos potenciais atentados da Al Qaeda. Está em um dia, pela evolução demográfica e pelo princípio da democracia serem impedidos de tomar um pastis ou um pint à luz do dia, a menos de x metros da mesquita mais próxima. O Sr Silva ainda não imagina isso…

PS: E rever aqueles momentos com G.W. Bush bloqueado sem saber como reagir após receber a notícia é revelador da capacidade de discernir e agir do homem...

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