08 junho 2011

Governar o próprio ou mandar no alheio

Como todos sabemos temos perdido ao longo dos últimos tempos parte da nossa soberania. Perdemos com a adesão à UE, perdemos com a adesão ao Euro e agora mais recente e mais dramaticamente perdemos com o plano de resgate. Será mau? Será preferível o “orgulhosamente sós”? A mim, não me choca pensar em ter um ministro das finanças alemão, um ministro do interior inglês, da cultura italiano, do ensino finlandês e por aí fora. Não me importo com uma condição: que quem quer seja que mande cá, se sinta identificado connosco e membro da mesma comunidade.

A senhora Merkel e respectiva equipa podem entender que precisam de mandar na Europa, arranjando a companhia da França só para não parecer demasiado mal o estar a Alemanha isolada nessa campanha. E isso até pode ser bom, mas desde que seja de Europa para Europa. Se a Alemanha entende que “nós mandamos nos outros”, já começa a ser uma espécie de colonização. Sendo assim, sem a tal identificação comunitária, vai dar mal resultado como deram as colonizações. Porque, por muito esclarecido que seja um governante, a sua autoridade nunca será sustentável se não for percebido como “ um dos nossos”.

PS: É claro que os alemães saberem do fantástico recorde de existirem mais de 9 mil gregos com mais de 100 anos de idade “vivos” e a receberem pensões não deve ajudar muito a essa identificação…

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