Não será apenas em Portugal, é por quase toda a Europa. Com maior ou menor agudez, conforme os equilíbrios dentro das coligações formais ou informais e entre estas e as respectivas oposições, o poder democrático está a entrar em coma. É necessário tomar medidas que doem e essas medidas podem fazer perder o poder no país. Por outro lado, o Estado parece não conseguir mesmo reduzir a sua despesa. Se calhar não consegue porque se assim o fizesse os líderes partidários perderiam o poder dentro do seu partido. Não se tomando essas medidas por medo de perder o poder ou simples impotência, é o regime democrático que vai cair, quando se concluir pela sua inviabilidade.
A rua vai protestar contra as medidas de austeridade, naquelas “jornadas de luta” para as quais já não há pachorra. Se a colheita reduziu, de que serve insistir em manter repartição de quando a colheita era mais rica? Isso já fizemos durante algum tempo, enquanto fomos pedido emprestado e os emprestadores estavam distraídos. Agora não estão.
E, a propósito de quem empresta, que pensarão estes do facto de que neste momento neste país se gastem energias na discussão de uma urgentíssima revisão constitucional? Para lá do estrambólico conceito constitucional do legalmente atendível e da extraordinária importância de ser introduzida a menção de censura construtiva, não haverá coisas mais importantes para fazer? Eu gostaria que o dinheiro dos meus impostos fosse usado para outra coisa. Sim, porque directa ou indirectamente, palpita-me que são os meus impostos que estão a pagar esses grupos de trabalho. Mais valia irem vender “Magalhães” ou outra coisa qualquer com algum valor acrescentado nacional por esse mundo fora, acho eu.
Que dizer de uma comunicação social que faz eco cego do mais pequeno arroto do primeiro transeunte que passa em frente da câmara nos seus imprescindíveis “directos” e que, à falta de melhor, até é capaz de fazer título de destaque de uma lâmpada fundida numa escola? Não poderiam ser um pouco mais sérios na sua missão de informar em vez de venderem patacoadas à toa?
Tempos difíceis exigem sacrifícios que, espectáculos à parte, o comum dos cidadãos até entende e será capaz de os realizar desde que a sua definição, comunicação e realização se pautem por um princípio: seriedade.
Quando chega a tempestade, o comandante não age por medo e a tripulação insiste em manter as rotinas da calmaria, está de bom de ver qual o resultado? Ou o navio afundo ou se muda o regime de comando. O cenário de ter que ser o FMI a vir cá para se conseguir credibilizar a nossa política orçamental é uma prova de menoridade e de incapacidade nacional que eu nunca julgaria possível. Maior vergonha do que essa não estou a ver.
A rua vai protestar contra as medidas de austeridade, naquelas “jornadas de luta” para as quais já não há pachorra. Se a colheita reduziu, de que serve insistir em manter repartição de quando a colheita era mais rica? Isso já fizemos durante algum tempo, enquanto fomos pedido emprestado e os emprestadores estavam distraídos. Agora não estão.
E, a propósito de quem empresta, que pensarão estes do facto de que neste momento neste país se gastem energias na discussão de uma urgentíssima revisão constitucional? Para lá do estrambólico conceito constitucional do legalmente atendível e da extraordinária importância de ser introduzida a menção de censura construtiva, não haverá coisas mais importantes para fazer? Eu gostaria que o dinheiro dos meus impostos fosse usado para outra coisa. Sim, porque directa ou indirectamente, palpita-me que são os meus impostos que estão a pagar esses grupos de trabalho. Mais valia irem vender “Magalhães” ou outra coisa qualquer com algum valor acrescentado nacional por esse mundo fora, acho eu.
Que dizer de uma comunicação social que faz eco cego do mais pequeno arroto do primeiro transeunte que passa em frente da câmara nos seus imprescindíveis “directos” e que, à falta de melhor, até é capaz de fazer título de destaque de uma lâmpada fundida numa escola? Não poderiam ser um pouco mais sérios na sua missão de informar em vez de venderem patacoadas à toa?
Tempos difíceis exigem sacrifícios que, espectáculos à parte, o comum dos cidadãos até entende e será capaz de os realizar desde que a sua definição, comunicação e realização se pautem por um princípio: seriedade.
Quando chega a tempestade, o comandante não age por medo e a tripulação insiste em manter as rotinas da calmaria, está de bom de ver qual o resultado? Ou o navio afundo ou se muda o regime de comando. O cenário de ter que ser o FMI a vir cá para se conseguir credibilizar a nossa política orçamental é uma prova de menoridade e de incapacidade nacional que eu nunca julgaria possível. Maior vergonha do que essa não estou a ver.
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