14 setembro 2010

Agora foi o Rooney

Li, na diagonal, que o W. Rooney está a cair em desgraça por uma questão de “meninas”. E logo vem a comparação com Tiger Woods, outro que se desgraçou pelo mesmo assunto. Eu sei que é assaz delicado desenvolver algum tipo de argumentação em torno deste tema, mas vamos tentar.

Nestes casos há obviamente um comportamento social reprovável, uma falta familiar grave, mas, apesar de a mais velha profissão do mundo não estar legalizada, não é necessariamente um crime público a justificar a queda em desgraça que os média alegremente anunciam e promovem.

E isso parece-me sobretudo injusto quando compararmos com algumas figuras públicas que por aí andam alegremente, algumas de charuto na boca, que são ladrões, vigaristas, corruptos, que nunca confessam, que têm uma enorme cara de pau, que conseguem evitar as condenações formais em tribunal e que se mantêm populares com belos tempos de antena... (e alguns até ganham eleições!).

Tiger Woods casou em Outubro de 2004 com uma modelo sueca muito bonita. Tinha um acordo pré-nupcial para limitar eventuais estragos futuros. Cinco anos depois, em Novembro de 2009, rebenta o escândalo. Na tentativa de salvar o casamento ele aceita “renegociar” o acordo. Agora divorciaram-se e até parece que ela foi generosa em não querer ficar estritamente com metade do património dele. Contentou-se com 750 milhões de dólares, cerca de 600 milhões de euros. Por muito inocente e magoada que estivesse, receber 120 milhões de euros por cada ano de casamento, em que a participação dela para o capital acumulado foi provavelmente “negativa” (terá gasto mais do que ganhou) parece-me imoral. Por muito valioso que fosse o coração partido, 600 milhões de euros por um coração destroçado... nem do ouro mais puro. É claro que isto não pode ser analisado numa perspectiva economicista, mas mesmo assim...

E que dizer das meninas que receberam para fazer e que depois receberam para não contar nada e que até, às tantas, também receberam, neste caso de outra fonte, para contar o que tinham feito ? O óbvio, claro!

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