Não há muito tempo e por mero acaso vi passar à frente dos meus olhos na televisão uma daquelas cerimónias pretensamente chiques e mundanas de entrega de prémios. Começam a ser tão frequentes que não sei se haverá stock de “glamour” suficiente para abrilhantar tanto evento. Tratava-se da “III Gala Amália” e o Prémio Composição Poesia foi para um tal Sr Moniz Pereira que do alto dos seus 88 anos entrou divertido no palco em passo de corrida.
Se há momentos em que apetece bater palmas e tirar o chapéu no sentido literal ou figurado da palavra, esse foi um deles.
Aquele “Senhor” estava ali para ser homenageado pelo seu contributo para o fado e, mesmo ignorando o autor, toda a gente conhece e sabe trautear o “Valeu a pena, ter vivido o que vivi, ter sofrido o que sofri....” . Mas aquele “Senhor” é também o responsável pelo desenvolvimento do atletismo português que, em Los Angeles, faz hoje 25 anos dava a Portugal a sua primeira medalha de ouro olímpica.
Um outro “Senhor” entra nesta história, Carlos Lopes, que com 37 anos (sim, trinta e sete) e um atropelamento 2 semanas antes enquanto treinava, emocionou o país inteiro nessa célebre madrugada.
Em termos de meios e de condições estávamos a anos-luz do Pequim 2008, onde algumas declarações pareciam mais de gente divertida em passeio de finalistas do que aplicada num desafio de alta competição.
Sem diminuir a importância dos recursos e da existência de cada vez melhores condições, atingir algo que vale a pena passa por esforço humilde, trabalho rigoroso e... acreditar.
Senão, ficamos pela diversão.
Se há momentos em que apetece bater palmas e tirar o chapéu no sentido literal ou figurado da palavra, esse foi um deles.
Aquele “Senhor” estava ali para ser homenageado pelo seu contributo para o fado e, mesmo ignorando o autor, toda a gente conhece e sabe trautear o “Valeu a pena, ter vivido o que vivi, ter sofrido o que sofri....” . Mas aquele “Senhor” é também o responsável pelo desenvolvimento do atletismo português que, em Los Angeles, faz hoje 25 anos dava a Portugal a sua primeira medalha de ouro olímpica.
Um outro “Senhor” entra nesta história, Carlos Lopes, que com 37 anos (sim, trinta e sete) e um atropelamento 2 semanas antes enquanto treinava, emocionou o país inteiro nessa célebre madrugada.
Em termos de meios e de condições estávamos a anos-luz do Pequim 2008, onde algumas declarações pareciam mais de gente divertida em passeio de finalistas do que aplicada num desafio de alta competição.
Sem diminuir a importância dos recursos e da existência de cada vez melhores condições, atingir algo que vale a pena passa por esforço humilde, trabalho rigoroso e... acreditar.
Senão, ficamos pela diversão.
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