21 agosto 2006

De como a infelicidade suprema afinal é banal

Por isso, vos aconselho a que vos distraiais, convidai cada passageiro a contar a sua história; mas se se encontrar um só que nunca tenha amaldiçoado a sua vida e que nunca tenha dito para si mesmo que era o mais infeliz dos homens, deitem-no ao mar de cabeça para baixo.

In "Candido" de Voltaire.

4 comentários:

APC disse...

Ai-ai... Armada em determinista, pergunto-me do porquê deste tema. Mas depois convido-te a não o leres senão como uma pergunta de retórica.
Beijos.
PS - E (eheheh...), silently pessimistic que até sou, gostei!!!:-)

Anónimo disse...

Solução radical para uma anormalidade!

Auto-comiseração, queixume e lágrima são,não só mas também, catárticos.

Carlos Sampaio disse...

APC
Retórica por retórica: E porque não este tema?

MM
Não sei se a auto-comiseração é catártica. Agora, o optimismo tonto e acrítico é certamente doentio...

Anónimo disse...

Carlos
A auto-comiseração pode ser um prelúdio da queixa ou da lágrima purificadoras, de acordo?
Quanto ao optimismo acéfalo - espécie de bem-aventurança dos simples - é um mundo tão marginal em relação ao teu que só por rigor teórico posso conceber que o tragas à liça...

Sem "rigor teórico" e por puro gozo de experimentação, hoje apetece-me deixar-te aqui, beijos virturreais...
:-))