Há um executante nos espectáculos ao vivo que, embora normalmente pouco exposto, muitas vezes cativa a minha atenção. Não é o protagonista que canta a solo, não é o virtuoso que põe as cordas da guitarra a falar, não é também o fleumático de um baixo nem sequer o alquimista dos teclados.
É o homem da pancada!
Normalmente lá para trás, bate uma coisa diferente com cada perna, idem com cada braço e que, quando se entrega, ainda lhe sobre não sei o quê para marcar outras tantas batidas com o tronco, com a cabeça, com um esgar facial e com qualquer músculo que lhe sobre. Entregando todo o corpo a um ritual hipnótico, fico com dúvidas se ele está a executar a música ou se é a música que o está a executar a ele.
É o homem da pancada!
Normalmente lá para trás, bate uma coisa diferente com cada perna, idem com cada braço e que, quando se entrega, ainda lhe sobre não sei o quê para marcar outras tantas batidas com o tronco, com a cabeça, com um esgar facial e com qualquer músculo que lhe sobre. Entregando todo o corpo a um ritual hipnótico, fico com dúvidas se ele está a executar a música ou se é a música que o está a executar a ele.
1 comentário:
Será simbiótico? Probiótico? :-)
Raras coisas, em raros momentos, articulam com perfeição a amálgama do que é dos dois, formando o uno!
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