Ao responder ao comentário deixado pela Tita no post sobre os capitalismos, a propósito das OPA’s, estendi-me um pouco demais e resolvi trazer o texto para aqui.
Acedo a este blog com a minha ligação à Internet que utiliza infra-estrutura instalada com os capitais da PT. Pago a conta da PT também por Internet, pelo BPI. E acho muito bom que possa usufruir destes serviços com relativa qualidade para a PT e muito boa para o BPI. Acho excelente haver três operadores de telemóveis em vez de um único público.
Tudo isto é realizado por dinheiro, de quem o tem. Com capitais colocados directa ou indirectamente nas empresas. E, quem coloca o seu dinheiro, é para o rentabilizar.
Todas as empresas têm que sobreviver, por vezes não é fácil, e isso passa muitas vezes pela dimensão. Não serve de nada existirem empresas que perdem dinheiro, que nos cobram demasiado sem terem concorrência ou que sobrevivam à custa dos nossos impostos.
A Sonae comprar a PT poderá ser bom se a tornar mais eficiente e seu pagar menos pela ligação ADSL, que custa uma barbaridade… mas tenho dúvidas sobre se irá baixar… não creio que ganharão mais clientes por isso. Se a Sonae comprar a PT para deixarmos de pagar os comissários políticos da sua organização será bom. A fusão da Optimus com a TMN é inaceitável para a concorrência na área e não é começando agora um quarto operador de zero que resolve. A Sonae revender a PT inteira ou aos retalhos pode ser um excelente negócio para a Sonae. Não necessariamente para o país.
A compra do BPI pelo BCP para mim será um problema. Além de ficarmos com poucos bancos (além da Caixa teremos basicamente o Santander e o BES dos quais tenho má memória), gosto da flor de laranjeira do BPI e tenho alguma alergia ao roxo pesado do BCP. O facto é que se isto não acontecer, mais tarde ou mais cedo algo de parecido ocorrerá e até com o próprio BCP.
O “caminho” vai ser por aí e é fundamental ter, não necessariamente empresas publicas facilmente ineficientes e delapidadoras da riqueza de todos nós, mas um governo forte que regule com rigor e firmeza os sectores estratégicos porque o interesse dos privados não coincide sempre com o interesse do país.
Acedo a este blog com a minha ligação à Internet que utiliza infra-estrutura instalada com os capitais da PT. Pago a conta da PT também por Internet, pelo BPI. E acho muito bom que possa usufruir destes serviços com relativa qualidade para a PT e muito boa para o BPI. Acho excelente haver três operadores de telemóveis em vez de um único público.
Tudo isto é realizado por dinheiro, de quem o tem. Com capitais colocados directa ou indirectamente nas empresas. E, quem coloca o seu dinheiro, é para o rentabilizar.
Todas as empresas têm que sobreviver, por vezes não é fácil, e isso passa muitas vezes pela dimensão. Não serve de nada existirem empresas que perdem dinheiro, que nos cobram demasiado sem terem concorrência ou que sobrevivam à custa dos nossos impostos.
A Sonae comprar a PT poderá ser bom se a tornar mais eficiente e seu pagar menos pela ligação ADSL, que custa uma barbaridade… mas tenho dúvidas sobre se irá baixar… não creio que ganharão mais clientes por isso. Se a Sonae comprar a PT para deixarmos de pagar os comissários políticos da sua organização será bom. A fusão da Optimus com a TMN é inaceitável para a concorrência na área e não é começando agora um quarto operador de zero que resolve. A Sonae revender a PT inteira ou aos retalhos pode ser um excelente negócio para a Sonae. Não necessariamente para o país.
A compra do BPI pelo BCP para mim será um problema. Além de ficarmos com poucos bancos (além da Caixa teremos basicamente o Santander e o BES dos quais tenho má memória), gosto da flor de laranjeira do BPI e tenho alguma alergia ao roxo pesado do BCP. O facto é que se isto não acontecer, mais tarde ou mais cedo algo de parecido ocorrerá e até com o próprio BCP.
O “caminho” vai ser por aí e é fundamental ter, não necessariamente empresas publicas facilmente ineficientes e delapidadoras da riqueza de todos nós, mas um governo forte que regule com rigor e firmeza os sectores estratégicos porque o interesse dos privados não coincide sempre com o interesse do país.
5 comentários:
Os interesses privados nunca põem como objectivo principal os interesses do País. Se por um acaso isso acontecer, é pura coincidência.
Sejamos realistas. É por terem havido privatizações que neste momento estamos sem emprego. O País já não dá o que eles querem então mudam.
Os capitais privados podem e são fundamentais para o desenvolvimento do país. Para aspectos fundamentais devem ser regulamentados. Empresas públicas ineficientes roubam-nos a todos. Emprego sem criação de riqueza que o justifique, é parasitismo.
Carlos, eu concordo consigo: o ideal seria o Governo ter capacidade para regular e ser capaz de uma mediação honesta entre os interesses privados e públicos em prol de toda uma sociedade.
Preocupa-me verificar que se vão "engolindo" empresas umas atrás de outras até que chegaremos ao ponto de não haver a concorrência de que o Carlos fala. E o caso dos bancos é um exemplo disso. cada vez há menos bancos. Detestaria chegar ao ponto de haver só a CGd e um outro...
Qd mencionei este assunto há uns dias atrás, estava a ser irónica, cinica se quiser, por verificar a contradição na postura do Governo que se diz Socialista e que no entanto se alegra com o aparecimento de opas, que a meu ver, é um instrumento totalmente capitalista, sobretudo no exemplo dos bancos...
Ah, já agora....lembrei-me que o Carlos, tal como eu, não é um "apreciador" da Personalidade do Dr. Mário Soares. Vim visitar o seu espaço, na espectativa de ver algum comentário seu, à recente falta de educação, formação e carácter deste senhor, na tomada de posse do PR.
Cumprimentos.
As privatizações têm tanto de necessário como de mal regulamentado. Enquanto não houver uma ponte de equilíbrio entre estes dois factores, vai ser sempre o zó povinho a andar na corda bamba...
Bj
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