20 outubro 2005

Cataratas da Foz do Iguaçu




Já tinha ouvido falar, já tinha visto em fotografia e até mesmo em filme. Apesar disso, não consegui prever a sensação que me provocou assistir a tão intenso e brutal espectáculo natural.

Passei lá num período de grande caudal. É difícil transmitir por palavras ou imagens a impressão causada pela vista do avassalador jorro da água ao longo de quilómetros de largura, o som grave omnipresente e ininterrupto e a humidade intensa levantada na base da queda. Humidade que tapava mesmo a vista da “Garganta do Diabo”, envolvendo o cenário numa bruma pesada e que, mais próxima, se transformava numa espécie de chuva louca... Nunca assisti ao vivo a uma erupção vulcânica mas as quedas de Iguaçu fizeram pensar num vulcão de água.

Não, não é de descrever. É de ficar respeitosamente parado, em profunda reverência por tão arrasadora demonstração de poder da natureza.

2 comentários:

Titá disse...

Sempre tive vontade de ver uma catarata dessa envergadura, mas infelizmente até hoje não tive oportunidade.
Amigos meus, tiveram essa felecidade e tentaram sempre descrever-mas ao pormenor, no entanto nenhum deles conseguiu chegar tão perto do que imagino como o Carlos.
Imagino, que de facto são indescritiveis e que nos resta o silêncio e o contemplar de tanta beleza e força.

Carlos Sampaio disse...

Olivina

Talvez o objectivo do texto não fosse transmitir emoção. Não pensei nisso. Limitei-me a "juntar" algumas palavras (com alguma dificuldade, confesso) que poderiam de alguma forma ilustrar o tema. De qualquer forma, e sem dúvida, trata-se de um assunto que ultrapassa certamente a minha capacidade expressiva!!!