Porque será que os eleitores são tão avessos à mudança quando se trata de autárquicas e tão prontos a “alternar” quando se trata de legislativas?
De uma forma geral, a mudança de um presidente de câmara só ocorre quando há um historial bastante mau ou quando o “desafiador” é mesmo uma estrela. Desde que o presidente em funções tenha um desempenho mínimo, a reeleição parece garantida.
É evidente que em muitos municípios, principalmente no interior, a câmara é um grande empregador e um pivot de grande parte da actividade económica local. Mas, será que o estabelecimento da “teia de interesses” com a administração local por parte das forças vivas, é suficiente para mobilizar tanto eleitorado? Se for assim, é extraordinariamente preocupante.
Quando vemos a facilidade com que o governo em funções é capaz de cair em intenções de voto, à mínima contrariedade, à mais pequena escorregadela, à primeira medida impopular, não deixa de surpreender a diferença que se regista com as autarquias.
Bom... os autarcas não tomam nem assumem medidas impopulares (para lá de raras excepções, das quais destaco Rui Rio). Também não parecem ser responsáveis/responsabilizados pelas asneiras que fazem. No entanto, se falarmos somente em urbanismo, já temos pano para muitas mangas...
É curioso comparar ainda a forma como a comunicação social e a opinião pública reagem, e muito bem, a nomeações de “amigalhaços” na administração central com a aparente resignação com que se encara o que se passa no poder local.
Em resumo, creio que os autarcas não são suficientemente avaliados nem responsabilizados pelo eleitorado. Pode ser por deficiente cobertura da comunicação social, pela simples e clássica resistência à mudança - “Este, já conhecemos, o outro pode ser pior....”.- ou por reflexo de defesa tribal e autismo bairrista... “olha olha!! Vêm agora aí uns palermas de fora criticar um dos nossos. Fará algumas asneiritas sim... mas quem há quem as faça ainda pior, há sim senhor! E, ao menos, deixa obra!!”
Mesmo quando, nos casos limites, entra a responsabilização criminal, os eleitores continuam a identificar-se com a “gente da terra”, conforme se verificou nas últimas eleições. Estranho....e com péssimos resultados bem à vista.
De uma forma geral, a mudança de um presidente de câmara só ocorre quando há um historial bastante mau ou quando o “desafiador” é mesmo uma estrela. Desde que o presidente em funções tenha um desempenho mínimo, a reeleição parece garantida.
É evidente que em muitos municípios, principalmente no interior, a câmara é um grande empregador e um pivot de grande parte da actividade económica local. Mas, será que o estabelecimento da “teia de interesses” com a administração local por parte das forças vivas, é suficiente para mobilizar tanto eleitorado? Se for assim, é extraordinariamente preocupante.
Quando vemos a facilidade com que o governo em funções é capaz de cair em intenções de voto, à mínima contrariedade, à mais pequena escorregadela, à primeira medida impopular, não deixa de surpreender a diferença que se regista com as autarquias.
Bom... os autarcas não tomam nem assumem medidas impopulares (para lá de raras excepções, das quais destaco Rui Rio). Também não parecem ser responsáveis/responsabilizados pelas asneiras que fazem. No entanto, se falarmos somente em urbanismo, já temos pano para muitas mangas...
É curioso comparar ainda a forma como a comunicação social e a opinião pública reagem, e muito bem, a nomeações de “amigalhaços” na administração central com a aparente resignação com que se encara o que se passa no poder local.
Em resumo, creio que os autarcas não são suficientemente avaliados nem responsabilizados pelo eleitorado. Pode ser por deficiente cobertura da comunicação social, pela simples e clássica resistência à mudança - “Este, já conhecemos, o outro pode ser pior....”.- ou por reflexo de defesa tribal e autismo bairrista... “olha olha!! Vêm agora aí uns palermas de fora criticar um dos nossos. Fará algumas asneiritas sim... mas quem há quem as faça ainda pior, há sim senhor! E, ao menos, deixa obra!!”
Mesmo quando, nos casos limites, entra a responsabilização criminal, os eleitores continuam a identificar-se com a “gente da terra”, conforme se verificou nas últimas eleições. Estranho....e com péssimos resultados bem à vista.
1 comentário:
OS portugueses não acreditam na máxima" que santos da casa não fazem milagres" e por isso agem assim e votam em tudo, menos em consciência.
É, talvez, uma forma de bairrismo...eu lamento, mas prefiro chamar ignorância. Perdoem-me.
Carlos, mudei a imagem do blog. Apareça por lá e dê a sua opinião, pf.Obrigada!
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