07 março 2018

Roubo, mas faço…


É uma a frase pragmática que relativiza e até reconhece algum mérito aos políticos corruptos, que supostamente beneficiarão mais a sociedade do que os outros que não roubam, mas pouco fazem. Para lá de haver mais opções além destas duas, o (de)mérito da corrupção está bem espelhado nos resultados da ultima lista ordenada da corrupção percecionada no setor público de 180 países do mundo, publicada recentemente pela “Transparency International”, aqui.

Certamente que estas ordenações nunca serão ciência exata, seja pela avaliação, seja pelos critérios de ponderação, mas, para lá das décimas e de 3 ou 4 lugares para cima ou para baixo, vejamos os 10 primeiros e os 10 últimos.

  • Nova Zelândia, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suíça, Singapura, Suécia, Canadá, Luxemburgo e Holanda. 
Contra:
  • Somália, Sudão do Sul, Síria, Afeganistão, Iémen, Sudão, Líbia, Coreia do Norte, Guiné Bissau e Guiné Equatorial. 

Poderíamos eventualmente excluir os países em guerra, Síria, Iémen e os dois Sudões, situações excecionais, mas que também não desculpam tudo, e acrescentando em substituição: Venezuela, Iraque, Turquemenistão e Angola.

Pensemos agora em como é viver em cada um desses dois grupos de países… Aparentemente, os locais onde mais se rouba, não serão bons exemplos. Nada de muito surpreendente se pensarmos no efetivo significado da palavra roubar e que a corrupção não é apenas dinheiro e outros bens materiais desviados: é também a destruição de um sistema de valores são, alicerce de qualquer prosperidade.

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