10 março 2018

Reino Unido – País perigoso


Em 2006 Alexander Litvinenko, um ex agente do FSB foi envenenado em Londres por uma substancia radioativa, polónio, coisa que não se arranja nem se produz numa garagem qualquer, mas que, felizmente, deixa rastos.

Andrey Lugovoy, um dos dois agentes russos com que Litvinenko tomou um cházinho no dia em que foi envenenado, foi acusado pela polícia britânica, mas está tranquilamente como deputado na Duma, parlamento Russo. Até foi condecorado por Putin e tudo. Um herói! Outras mortes suspeitas de desertores russos ocorreram por aquelas paragens, apenas menos espetaculares.

No passado dia 4 de março, um ex-espião russo, Sergei Skripal, e a filha foram intoxicados por um gás de nervos em Salsbury, no Reino Unido e permancem em estado crítico. Há 21 pessoas que necessitaram de tratamento e um policia, dos que interveio inicialmente, está seriamente contaminado. Obviamente que a Rússia nega qualquer responsabilidade. Pelo sim, pelo não, sarcasticamente (ou sinistramente) a TV estatal russa ironiza e avisa os traidores para não se estabelecerem no UK, dado que aí correrem muitos perigos! Isto nem é humor negro, e um buraco negro de decência.

De passagem, recomendo a leitura do livro sobre o caso Livensko, escrito pela sua companheira e por um amigo próximo. Aparentemente é ainda bastante atual para entender uma mentalidade rufia que se poder resolver um assunto à porrada, não hesita e recorrendo a qualquer meio. Usar uma arma química num meio urbano na Europa não lembra ao diabo.

Sem comentários: