11 outubro 2016

Quem deve, paga?

O governo anunciou um perdão fiscal, mas oficialmente não é designado perdão, dado que “quem deve vai ter que pagar aquilo que deve”. Se não pagará juros nem custas, presumo que estes não eram, então, devidos. Deduzo também que os prazos para pagamento das obrigações fiscais são algo de não vinculativo.

Há cerca de 5 anos atrás cobraram-me uma multa por um IUC pago fora do prazo. Dois anos antes tinha-me atrasado escandalosamente um mês e meio! Comigo foi fácil e tive que acrescentar uns módicos 46% adicionais ao valor total do imposto (já integralmente pago 2 anos antes, insisto).

Devo reconhecer que até dá algum jeito haver contribuintes com dívidas ao Estado. É uma reserva de “liquidez” que pode ser usada num momento de aflição como parece ser o atual.

Obviamente que de justo não tem nada, mas o que mais me irrita, sinceramente, são estas argumentações de atirar areia para os olhos: “quem deve vai ter que pagar aquilo que deve”. Tenho muita alergia a areia nos olhos. Chateia-me…!

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