Eram estes os 3 F’s que numa época triste simbolizavam a identidade nacional e mobilizavam o país. Para cada um deles, havia uma figura correspondente representante: Eusébio, Lúcia e Amália. Com o desaparecimento físico desses três símbolos, Lúcia a caminho da beatificação acelerada, Amália no Panteão, reivindica-se que Eusébio siga o mesmo caminho da fadista, apesar de isso não se enquadrar na legislação existente, que define quem deve ser homenageado no local.
Parece-me mal que isto seja debatido e até decidido a quente, assim como penso que estes assuntos deve ser definidos por princípios de base gerais e não em função de casos concretos. Se a legislação alterada levar Eusébio ao Panteão, que dizer nos dias, esperemos que longínquos, de Carlos Lopes ou Rosa Mota? Com todo o respeito pela figura e vida de Eusébio, fica um certo aroma de haver uma rentabilização excessiva da sua morte, de se estar ainda e sempre a sobrevalorizar os famosos 3 F’s.
Mesmo considerando que o horizonte temporal dos presentes no Panteão nacional é apenas da segunda metade do século 19 para a frente, estarem lá, além de Amália e Humberto Delgado, 4 escritores e 4 presidentes da República, é pouco representativo de todos os notáveis da pátria dos últimos 150 anos. Ou seja, este “Pan” não é muito abrangente e fazê-lo sede do Futebol e Fado também não o irá engrandecer.
No fundo, o importante não é onde ficam os ossos, é o que resta da vida. Mais importante do que o material morto é o imaterial vivo. Como dizia muito sabiamente um grande, dos maiores: “A minha pátria é a língua Portuguesa”.
Parece-me mal que isto seja debatido e até decidido a quente, assim como penso que estes assuntos deve ser definidos por princípios de base gerais e não em função de casos concretos. Se a legislação alterada levar Eusébio ao Panteão, que dizer nos dias, esperemos que longínquos, de Carlos Lopes ou Rosa Mota? Com todo o respeito pela figura e vida de Eusébio, fica um certo aroma de haver uma rentabilização excessiva da sua morte, de se estar ainda e sempre a sobrevalorizar os famosos 3 F’s.
Mesmo considerando que o horizonte temporal dos presentes no Panteão nacional é apenas da segunda metade do século 19 para a frente, estarem lá, além de Amália e Humberto Delgado, 4 escritores e 4 presidentes da República, é pouco representativo de todos os notáveis da pátria dos últimos 150 anos. Ou seja, este “Pan” não é muito abrangente e fazê-lo sede do Futebol e Fado também não o irá engrandecer.
No fundo, o importante não é onde ficam os ossos, é o que resta da vida. Mais importante do que o material morto é o imaterial vivo. Como dizia muito sabiamente um grande, dos maiores: “A minha pátria é a língua Portuguesa”.
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