04 junho 2012

Tudo aqui tão perto

1- E a Espanha aqui tão perto - O que era impensável passou a ser provável – a Espanha pedir um resgate. Só que a acontecer será diferente, diz-se. Poderá ser uma ajuda directa à banca para não ficar o governo tutelado pela famosa troika. Que raio, porquê para eles e não para a Irlanda que tinha uma situação à partida tão idêntica? E se o Sr Hollande implementar as suas ideias voluntariosas e a França ficar enrascada, alguém está a ver uma troika com o FMI a entrar em França? Claro que não; o De Gaulle até ressuscitava com a raiva! Certamente que haverá outro modelo de ajuda. E isto é um dos problemas desta Europa – vai à toa arremendando soluções em função de cada caso concreto.
2 – E a Galiza aqui tão perto – Diziam-me lá este fim-de-semana que o sofrer a crise em Portugal será menos traumático do que em Espanha, porque Portugal no fundo nunca interiorizou a “nova riqueza” de uma forma tão assumida como Espanha. Ou seja, resignamo-nos mais facilmente a reencontrar as dificuldades. Será?
3 - E o Mali aqui tão perto – O norte do Mali decretou “independência”, num novo estado, islâmico a mais não poder ser, conquistado e controlado pelo Al Qaeda com as armas que sobraram da overdose bélica que choveu na Líbia nos últimos tempos. Novo Afeganistão à vista…. E aqui tão perto
4 – E o Afeganistão aqui tão perto – Multiplicam-se os casos que pareçam não deixar dúvidas sobre os autores e as intenções. Os alunos nas escolas sofrem intoxicações mais ou menos graves, por lá serem ensinadas coisas inadequadas e, sobretudo, por ensinarem raparigas que não têm nada que andar na escola. Os Américas e Cia vão desistir e abandonar o país.
5 – E a nova Primavera na Tunísia – Ghazi e Jabeur – dois jovens líbios de 28 anos diplomados e desempregados, enraivecidos e desesperados cometeram o crime que publicaram no facebook caricaturas obscenas do profeta e de se declararam ateus. Ambos julgados e condenados a 7 anos e meio de prisão efectiva. O primeiro fugiu, o segundo pode ter ainda mais problemas porque o Procurador recorreu da sentença e pede perpetuidade.

Sem comentários: